“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

LEVAN'O Q'SOBRÔ...

Pessoá, tô levano o q'sobrô d'seu 2009, ...pra nunca mais l'atazaná, viu?
Mais, m'sperem q'dessa ida eu vórto, ...ca's novas.
'Té mais ocês... Deus'teja c'ocês...


Fiq' trist' não... 2010 eu vórto!



Imagem: by arquivo pessoal José Roberto Balestra

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A FLOR DA SAUDADE






"...a saudade é quase sempre a flor da separação
que desabrocha ao sol da esperança
para retornar, por amor, a nós outros,
na hora do Reencontro."


Francisco Cândido Xavier
(Chico Xavier)


Imagem: O INFINITO, by WEB


domingo, 13 de dezembro de 2009

ENTRE O RASO E O PROFUNDO



Há certos assuntos ou lances que para muitos são rasos, para não dizer perto de reles mesmo. São os dos olhos que cuidam tão só do plano visível e do manifesto concreto. O demais adiante disso lhes são demasiosos, sobejos. E assim vão eles a trilha da vida toda vendo os claros vãos. Sinas suas; em vão vivem, acho. Ocos. Afinal, tem eles as suas razões; tudo lhes parece de escassa ou nenhuma relevância.

Quanto a mim, não posso nem consigo jamais concordar com isso, embora seja de se respeitar (tenho de), porém, o faço dentro de minhas reservas ora esclarecidas.

A afeição, o apego, a dedicação, a amizade, enfim, são sinônimas e variadas formas de um sentimento que todos temos; o AMOR. Quem sou eu pra dizer o contrário, não?! Não ousaria! Nunca!

Pois é. Mas há quem, com singular maestria, saiba aplicá-lo sem essa sinonímia, dar sentido especial a cada termo desses sem baralhar-lhes os fins, serem verdadeiramente exatos sem sucumbir a mais reles das ladeadas variantes. São os que sabem – prescindindo de qualquer signo – deixar marcado pra sempre no profundo da gente, sem ferro a frio ou a fogo, o nosso lado esquerdo, o indissipável sinal.

São os que, antes de nós, percebem sentidos que se nos esquivam, notadamente os espirituais. É que tem eles a incrível faculdade de tomarem conhecimento imediato de um sentimento nosso dentro do pleno de sua realidade, na exata hora em que se nos dá um anseio revoluteante; conseguem ver e sentir nossa felicidade e também nossas angústias, nossas saudades, nossas expiações e ansiedades.

Vendo-nos com esses sentimentos, são os únicos que de fato sabem entregar-nos o cálice do amor, do amor solidário, o amor de se só ter-nos por perto, de ver e ouvir nossa voz,
a mais pura forma de amor, a do amor abnegado, desinteressado de todo.

Carrego e sinto gravado em meu coração, como se a ferro a fogo, a marca do AMOR que por inesquecíveis anos tão gratuitamente deles recebi.

...depois do dia cinzento e de tanta chuva por aqui ontem, como eu gostaria neste domingo de sol de poder pelas ruas aqui do bairro dar um passeio com vocês meus velhos amigos tão rotweillers, Billy & Bob!


Bob, você era meio desajeitado, brutão nas nossas caminhadas, eu molhava a camisa, cansava-me a mão esquerda que tinha de estar sempre com luva emborrachada, mas eu lhe via o coração; você era, a seu modo eu sei, carinhoso comigo. Era elegante no trote, mas botava medo nos outros com seu olharzão fixo, viu?

Billy (à esquerda nas fotos), você talvez por ser mais novo, de outra geração, era mais jeitoso e fino nos passeios nossos passeios, não me cansava nada. Nem de luvas eu precisava. Você cumprimentava todo mundo quando eu lhe pedia. Até as crianças lhe abraçavam, e você sorria tão cãomente. Eu via, eu consegui ver isso. As mães das crianças ficavam naturalmente apreensivas, mas eu as acalmava.



...É, mas agora tudo são saudades, e terei de esperar até O DIA em que...

Billy & Bob, mesmo a despalavras, vocês alcançaram e ajudaram-me entre meus rasos e meus profundos!...

Por isso neste momento intuo-lhes os enigmas dos olhares de sorrisos que tantas vezes me deram.

Obrigado a vocês dois, de novo! Sempre o direi, enquanto...!!


Imagens: by arquivo pessoal josé roberto balestra


terça-feira, 24 de novembro de 2009

EU NÃO SEI DIZER NADA POR DIZER...




Eu não sei dizer nada por dizer

Então eu escuto

Se você disser tudo o que quiser

Então eu escuto

Fala

lá lá

Fala

Se eu não entender, não vou responder

Então eu escuto

Eu só vou falar na hora de falar

Então eu escuto

Fala

Fala


Fonte: música FALA, composição by João Ricardo & Luli, com o grupo SECOS & MOLHADOS. Discos Continental. 1973.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ah, que é que o bicho fez, que é que o bicho paga?


Com parárafos formatados respeitosa e especialmente para os leitores do blog, e segundo a grafia da época, 1958, a seguir uma das passagens mais emocionantes da iluminada narrativa rosiana, posta na boca do personagem RIOBALDO TATARANA, no livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa.


Episódio: a crudelíssima morte dos cavalos de Riobaldo, de seu chefe Zé Bebelo com seus valentes homens, os bebelos, estando estes confinados na casa velha da Fazenda dos Tucanos, por tiros inimigos vindos sem pena de Hermógenes e seus desumanos jagunços que ali os encantoam, enquanto todos os animais estavam guardados num curral fechado...


"(...) Mas, no sobrevento, o Cavalcânti se exclamou:
— "A que estão matando os cavalos!..."
Arre, e era. Aí lá cheio o curralão, com a boa animalada nossa, os pobres dos cavalos ali presos, tão sadios todos, que não tinham culpa de nada; e êles, cães aquêles, sem temor de Deus nem justiça de coração, se viraram para judiar e estragar, o rasgável da alma da gente - no vivo dos cavalos, a tôrto e direito, fazendo fogo! Ânsias, ver aquilo. Alt'-e-baixos — entendendo, sem saber, que era o destapar do demônio — os cavalos desesperaram em roda, sacolejados esgalopeando, uns saltavam erguidos em chaça, as mãos cascantes, se deitando uns nos outros, retombados no enrolar dum bolo, que reboldeou, batendo com uma porção de cabeças no ar, os pescoços, e as crinas sacudidas esticadas, espinhosas: êles eram só umas curvas retorcidas!

Consoante o agarre do rincho fino e curtinho, de raiva — rinchado; e o relincho de medo — curto também, o grave e rouco, como urro de onça, soprado das ventas tôdas abertas. Curro que giraram, trompando nas cêrcas, escouceantes, no esparrame, no desembêsto — naquilo tudo a gente viu um não haver de dôidas asas. Tiravam poeira de qualquer pedra! Iam caindo, achatados no chão, abrindo as mãos, só os queixos ou os topetes para cima, numa tremura. Iam caindo, quase todos, e todos; agora, os de tardar no morrer, rinchavam de dôr — o que era um gemido alto, roncado, de uns como se estivessem quase falando, de outros zunido estrito nos dentes, ou saído com custo, aquêle rincho não respirava, o bicho largando as fôrças, vinha de apêrtos, de sufocados.
— “Os mais malditos! Os desgraçados!”

O Fafafa chorava. João vaqueiro chorava. Como a gente tôda tirava lágrimas. Não se podia ter mão naquela malvadez, não havia remédio. À tala, êles, os Hermógenes, matavam conforme queriam, a matança, por arruinar. Atiravam até no gado, alheio, nos bois e vacas, tão mansos, que, desde o comêço, tinham querido vir por se proteger mais perto da casa. Onde se via, os animais iam amontoando, mal morridos, os nossos cavalos!

Agora começávamos a tremer. Onde olhar e ouvir a coisa inventada mais triste, e terrível — por no escasso do tempo não caber. A cêrca era alta, êles não tiveram fuga. Só um, um cavalo claro, quer o de Mão-de-Lixa e se chamava Safirento. Se aprumou, nas alças, ficou suspenso, cochilasse debruçado na régua — que nem que sendo pesado em balança, um ponto — as nádegas ancas mostrava para cá, grossas carnes; depois tombou para fora, se afundou para lá, nem a gente podia ver como terminava. A pura maldade! A gente jurava vinganças. E, aí, não se divulgava mais cavalo correndo, todos tinham sido distribuídos derrubados!

Aquilo pedia que Deus mesmo viesse, carnal, em seus avessos, os olhos formados. Nós rogávamos as pragas. Ah, mas a fé nem vê a desordem ao redor. Acho que Deus não quer consertar nada a não ser pelo completo contrato: Deus é uma plantação. A gente — e as areias. Aturado o que se pegou a ouvir, eram aquêles assombrados rinchos, de corposo sofrimento, aquêle rinchado medonho dos cavalos em meia-morte, que era a espada da aflição: e carecia de alguém ir, para, com pontaria caridosa, em um e um, com a dramada dêles acabar, apagar o centro daquela dôr.

Mas não podíamos! O senhor escutar e saber — os cavalos em sangue e espuma vermelha, esbarrando uns nos outros, para morrer de não morrer, e o rinchar era um chôro alargado, despregado, uma voz dêles, que levantava os couros, mesmo uma voz de coisas da gente; os cavalos estavam sofrendo com urgência, êles não entendiam a dôr também. Antes estavam perguntando por piedade.

— “Arre, eu vou lá, eu vou lá, livrar da vida os pobrezinhos!...” — foi o que o Fafafa bramou. Mas não deixamos, porque isso consumava loucura. Não dava dois passos no eirado, e ele morria fuzilamento, em balas se varava, ah. Agarramos segurado o Fafafa. A gente tinha de parar prêsa dentro de casa, combatendo no possível, enquanto a ruindade enorme acontecia.

O senhor não sabe: rincho de cavalo padecente assim, de repente engrossa e acusa buracões profundos, e às vezes dão ronco quase de porco, ou que desafina, esfregante, traz a dana dêles no senhor, as dôres, e se pensa que eles viraram outra qualidade de bichos, excomungadamente. O senhor abre a boca, o pêlo da gente se arrupeia de total gastura, o sobregêlo. E quando a gente ouve uma porção de animais, se ser, em grande martírio, a menção na idéia é a de que o mundo pode se acabar.

Ah, que é que o bicho fez, que é que o bicho paga? Ficamos naquelas solidões. Alembrar que tão bonitos, tão bons, inda ora há pouco êsses eram, cavalinhos nossos, sertanejos, e que agora estraçalhados daquela maneira não tinham nosso socorro. Não podíamos! E que era que queriam êsses hermógenes? De certo seria tenção deles deixar aquêles relinchos infelizes em roda da gente, dia-e-noite, noite-e-dia, dia-e-noite, para não se agüentar, no fim de alguma hora, e se entrar no inferno?

Senhor então visse Zé Bebelo: êle terrivelmente todo pensava — feito o carro e os bois se desarrancando num atoleiro. Mesmo mestremente êle comandava: — “Apuremos fogo... Abaixado...” —; fogo, daqui, dali, em ira de compaixão. Adiantava nada. Com pranchas de munição que a gente gastasse, não alcançávamos de valer aos animais, com o curral naquela distância. Atirar de salva, no inimigo amoitado, não rendia. No que se estava, se estava: o despoder da gente. O duro do dia.

A pois, então, me subi para fora do real; rezei! Sabe o senhor como rezei? Assim foi: que Deus era fortíssimo exato — mas só na segunda parte; e que eu esperava, esperava, esperava, como até as pedras esperam. “A faz mal, não faz mal, não tem cavalo rinchando nenhum, não são os cavalos todos que estão rinchandoquem está rinchando desgraçado é o Hermógenes, nas peles de dentro, no sombrio do corpo, no arranhar dos órgãos, como um dia vai ser, por meu conforme... Assim, d’hoje-em-diante doravante, sempre temos de ser: êle o Hermógenes, meu de morte — eu militão, ele guerreiro...” Assim o relincho em restos, trescortado. Aquêles cavalos suavam de derradeira dôr.

Agarrávamos o Fafafa, segurado, disse ao senhor. Mas, mais de repente, o Marruaz disse: — “A bom, vigia: olha lá...” O que era. Que êles — quem havia de não crer? que êles mesmos agora estavam atirando por misericórdia nos cavalos sobreferidos, para a êles dar paz.
Ao que estavam. — “As graças a Deus!...” — exclamou Zé bebelo, alumiado, com um alívio de homem bom. — “Ah, é marmo!” — o Alaripe exclamou também. Mas o Fafafa nem nada não disse, não conseguia: o quanto pôde, se assentou no chão, com as duas mãos apertando os lados da cara, e cheio chorou, feito criança — com todo o nosso respeito, com a valentia ele agora se chorava.

Aí, então, se esperou. Durado de um certo tempo, descansamos os rifles, nem um tirozinho não se deu. O intervalo para deixar a êles folga de matarem em definitivo nossos pobres cavalos. Mesmo quando o arraso do último rincho no ar se desfez de vez, a gente ainda se estarrecia quietos, um tempo grande, mais prazo — até que o som e o silêncio,e a lembrança daquele sofrer, pudessem se enralecer embora, para algum longe. Daí, depois, tudo recomeçou de novo, em mais bravo. E nisto, que conto ao senhor, se vê o sertão do mundo. Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Êle existe — mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?

(...)”




Fonte: Grande Sertão: Veredas by João Guimarães Rosa
Livraria JOSÉ OLYMPIO Editora.
Rio de Janeiro. 2ª edição. 1958, pp. 320/24.



Imagens: 1 - by Miguel Riopa/AP; 2 - by Jornal "O Coura"/Portugal





segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ELES SE ENCANTARAM...

De Lembranças & De Saudades...




...Sontonho (Antonio Balestra) e Dona Viróca (Elvira Pereira Balestra), saudades das quantas lições aprendidas por este Zuza, caçula que lhes foi tão traquina quando menino... mas depois tomou jeito. Eles disseram-me antes de Partirem...










...Sô Arcides (Alcides Balestra), como eu o chamava, um velho pescador de rios e que adorava criar neologismos com os nomes das pessoas, um gozador de primeira grandeza. Aí na fotografia por mim tirada quando passamos por Camboriú, indo para Criciúma onde encontramos um calorão de 43 graus. Sempre me acompanhava nas viagens de meu trabalho... Nessa viagem ríamos muito no carro quando o rádio tocou "Aqui pra ela", com Teodoro & Sampaio, enquanto descíamos a Serra do Mar, chegando em Garuva...
...E parece que foi ontem também que nós dois, num final de semana, fomos a Itambaracá e ao Pindura Saia (São Joaquim do Pontal), um lugar que parou no tempo. Revisitamos um pouquinho de sua história. Eu havia sentido de ir; foi nossa última viagem...






...Zecão (José Hermógenes de Andrade), quanta saudade de ouvir sua bela voz cantando nas nossas bandas as músicas de tons mais altos, sempre negramente afinadíssimo... Um inesquecível AMIGÃO e uma bela amizade que nasceu com a música My Mistake, dos Pholhas... Num dos últimos encontros deu-me um violão de aço, onde ele mora na minha casa...








...Eurico Sanches, como me fazem falta as suas piadas, a sua alegria, essa sua cara de safado, a voz quase mineiramente fanhosa, as lembranças da gente "aprontando" no Colégio Paroquial e dando trabalho para as Irmãs Carmelitas, suas algazarras especiais, umas até inconfessáveis, mas que não vou contá-las aqui não, tá? Deixa pra outra volta...
...E pensar que ocasionalmente nos encontramos naquele domingo à tarde, na casa do Gaspar em Paranavaí, e era nosso último encontro, hem? Você nos descontraiu tanto; não vencíamos rir de suas tiradas. Muita saudade hoje daquilo tudo, viu?...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UTILIDADE PÚBLICA: URGENTÍSSIMO!!!



Pedido de AJUDA URGENTE de nossa blogamiga grávida EVELIZE, de Rio Negrinho - SC

"terça-feira, 27 de outubro de 2009

Meus amigos

Estou desesperada, muito aflita meu filho CAIO HENRIQUE PSCHEIDT (foto) saiu de casa no sábado, foi visto pela última vez em Campo Alegre-SC indo em direção a Joinville-SC.

Ele tem 20 anos, não sabemos ao certo o que aconteceu.

Quem tiver notícias me avise por favor pelo telefone 0XX47 3644 7406"


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DIA DO PROFESSOR



...¿impossível neste dia não lembrar-me da Mestra de minhas primeiras letras, a Professora ROZINHA DE OLIVEIRA, uma ex normalista, linda, de Paranavaí, nascida em terras cariocas, com quem aprendi a amar a literatura e os mistérios da língua portuguesa...

...E tudo começou pelos ditados, depois vieram as redações que ela, lá no meu inesquecível Externato Nízia Floresta, carinhosamente nos passava como tarefa para casa...


À Profª ROZINHA, festejada POETA em Curitiba,
minha homenagem neste dia A TODOS OS PROFESSORES que fizeram com que
meu caminho pela vida fosse mais iluminado...


OBRIGADO, DE CORAÇÃO!






Ao fundo, assistindo a Mestra Rozinha entregar-me o primeiro diploma, o sorriso lindo da professora de meus primeiros passos, mamãe Elvira, a Dona Viróca... saudades!



Fotografia by arquivo pessoal de josé roberto balestra

terça-feira, 13 de outubro de 2009

MOTO PERPÉTUO


"De tudo ficam três coisas:

A certeza de que estamos sempre começando,

A certeza de que precisamos continuar,

A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.


Portanto, devemos:


Fazer da interrupção um caminho novo,

Da queda, um passo de dança,

Do medo, uma escada,

Do sonho, uma ponte,

Da procura, um encontro."


Fernando Pessoa



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

B'anoite! & Té'manhã...


“... A roça virou cidade. A pessoa chega na roça sete horas da noite só tem boa noite e até amanhã... porque vai tudo pra novela, né!”

Sinval da Gameleira





Comentário d'A BALESTRA: Sinval Alves Botelho, ou Sinval da Gameleira, é sanfoneiro, violeiro e luthier de violão, viola, rebecas e sanfona de oito baixos. Mora em Alto Belo, norte de Minas Gerais, distrito de Bocaiúva, frase dita no curta metragem de Som da Rua/TVZero, exibido no Porta Curtas Petrobrás.


sábado, 3 de outubro de 2009

Viva! InExéquias!



Fim d’semana. O sábado havia tomado pós grafitóis. Mais que; grisento era, sem sol saindo, s’negand’a isso. Baldara seus raios, sabe-se lá pra onde. Na lavoura girassóis sendo soldados derrotados, cabisbaixos, olhand’os próprios pés. Nem os verdes carpíveis à volta viam; sem graça. Calados dos belos pios da sina deles se descometiam corruíras, fogo-pagou e pardais. Bem-te-vi via, e o céu azul acima disso tudo ia.

Atônito estava o pessoal. Só não, mais; pr’ocupado c’um numsei cumquê que bem sabiam. Dentro d’casa o clima expectava como se notícia grave estivesse ou viesse. E era verdade, viria mesmo! Todas sabiam disso, prévia e silenciosamente. Estava claro, ou melhor, estava ficava pret'a coisa!

Tinham uma sensação estranha, d’chão que sai de sob’os pés, todavia não rezingavam. Quietas se faziam em suas posições tão próprias. Era cogente! Aliás, nem adiantava falar mesmo: não havia com’evitar o que viria. As mais calmas passeavam olhos pelo teto sem forro; buscavam nuvens pra encavalar agonias. As mais agitadas... ah, essas roíam unhas, mordiscavam os lábios, engoliam a seco o momento. Ninguém nada dizia nada. Nem um sussurro se permitia. Militarmente!

Claro que o tumular da calad’incomodava. Quando alguém delas intentava balbuciar alguma expressão, logo o murmúrio se fazia trovão e também amofinava; um orquestrado olhar de cara-feia por todas nes’tante era o sinal à ousada da vez para o retorno à mudez que se lhes derramava soberana, imperial! Não adiantava espernear, não havia com’evitar. E viria mesmo! Todas tinham consciência disso.

Folhas caindo soltas ao chão tinham idêntica acepção para todas elas que isso viam, e era o único e fatal sinal de que o d’mal e pior porviria: muitas já se esfarelavam pelo maduroso da inclemência do tempo. Mas algumas delas se mantinham agarradas, a unhas e dentes, fugindo à submissão do inevitável fenecimento. O término s’aproximava cada vez mais. Pensavam, sabiam, sofriam, mas resistiam!

O pior mor maior: nunca mais voltariam a ser o qu’eram. Jamais veriam de novo as quantas alegrias até ali presenciadas, as caras d’entusiasmos assistidas, as quantas surpresas outrora, e até alguns desapontamentos entremeados. Entretanto, inflexível como fogo em carvão e papel er’a consumação; sabiam! Mas se mantinham silenciosas. Não havia outro jeito. Gritar? D’nad’adiantaria. Seria só s’expor truão, risivelmente. Mais que; um ato de covardia, criam ness’ora.

Da morte ninguém escapa mesmo, pessoal! E nós todas aqui já estamos com nosso destino traçado. Não vai adiantar tentar correr. É impossível fugir! – gritou a primeira, com postura de general tirano em alto d’escadaria, pern’abertas, à frente de batalhão dand’ordem de ordinário-marche!

De fato! Era desmarchar ou... morrer; pensavam a toda hora! Marchar não dava; amargura incessante essa. Porém, mesmo diante de tanta certeza do sucumbimento inda lhes pairava uma tênue névoa d’esperança, d’vida, de recomposição, de renegociação. Esperavam para ver no que dava, e como se daria. Era o que bastava e se podia.

D’inopino o baque da porta golpeando forte o batente ribombou cas’adentro.

– Alguém chegando!... ¿Quem será? ¿Revogaram? Ai-meu-deus, é agora!! – assombravam-se umas às outras.

Foi quando a filha chegou, e de plano lhes deu voz serena:

– Fiquem calmas... Já conseguimos dar solução,... pr’essa agonia de vocês todas. Não haverá exéquias por aqui, porque ninguém vai morrer não! Aqui e hoje não!!!

Bendit’aquelas doces afirmações tão esperadas; eram notas musicais fugindo de partituras ao ar. Breve alegria principiou se derramar sobr’elas todas ali.


Mas como em certas graves ocasiões da vida e em todas as partes do mundo sempre há um pirrônico para dar o ar d’esgraça em momento que o navio está pegando fogo em alto mar ou turbula o avião, logo, com elas não diversou: uma lá do fundo, vociferou como radiola desembestada, em rotações além da conta:

– ¿Mas como? Não tem jeito! Está tudo s’esfarelando! Todas acabaremos sim! Ess’aí, bonitinha e com voz docinha, só quer nos engodar, reduzir nossa dor perto da morte, mas depois..., na hora agá... ela vai ficar aí num cantinho, olhando, olhando, sem poder fazer nada, chorando nossa partida pro inexorável beleléu..

Eis que aparteou rispidamente uma outra delas:

– Cal’a boca! Você nem sequer esperou ela terminar de dizer o que estava começando...!?

– Sem discussão, pessoal, por favor! Deixem eu falar. – cortou a dissensão a filha. E prosseguiu:




– É o seguinte: papai conseguiu encontrar uma pessoa muito habilidosa, uma senhora de mãos de ouro, doutorada em restauros. Ela já viu a fotografia da situação de vocês aí, e nos afirmou que tudo tem salvação... Já viu coisa muuuito pior! Nenhuma página ou letrinh'irmã de vocês se perderá. O velho dicionário Aurelião não mais será mandado para a reciclagem. Ela o ressuscitará página por página, sem perder nenhuma de vocês, nenhuma letrinha, repito, garantiu a mim e ao Papai...

Num átimo o semblante delas se descarregou orquestral, surpresas pela revida:

– Uhhh!.. Viva! InExéquias! E algazarraram elas um riso alto na sala da casa...

Assim a alegria voltou ao coração de todas as letras do velho dicionário Aurelião; escaparam das lâminas implacáveis da fragmentadora, dos banhos ácidos, solventes e detergentes, e das águas ferventes da reciclagem ...



Comentário d’A BALESTRA:


- tenho um Aurélio (o da foto aí acima) antigo. Certo sábado fui fazer uma limpeza na biblioteca de casa, e me vi tomado por uma grande indecisão frente ao velho amigo dicionário, todo se esfarelando de tanto uso. Pensei: - ¿O que eu faço com ele? ¿Jogo fora? ¿Coloco pra reciclagem?... Meu amor pelas letras gritou mais fundo. Explico.

É que esse Aurelião – antes do seu filho eletrônico chegar – por tantos anos acompanhou-me Brasil afora. Esteou-me no curso de Direito, nas crônicas, contos, poemas, sonetos, letras de músicas, e noutros escritos ou garatujas que já fiz. Foi companheiro por noites e madrugad’adentro, em horas difíceis da vida, as d’inspiração em profusão ou as de sua total ausência, e até as das fugas disso tudo.


Então decidi: ficará guardado... Assim o manterei na biblioteca até quando puder.


No meu peito o respeito... pelo idoso das letras! Meu Aurelião! Nada de enterros ou funerais de letras; inexéquias, isso sim!

Ah, já me falaram muito dum tal de Houaiss, mas pensei: - trocar pra quê, uai!¿ Arrumei outro Aurelião, mais jovem... Mas o velho fica!

Foto: by arquivo pessoal de José Roberto Balestra

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

QUE FELICIDADE... NASCEU NUMA PRIMAVERA



Saudades daquele vozeirão lindo;


HOJE ELE FARIA 67 ANOS.


Onde você estiver...

TIM MAIA,


OBRIGADO PELAS ALEGRIAS QUE VOCÊ ME DEU!








Comentário d'A BALESTRA: Tim Maia, nascido SEBASTIÃO RODRIGUES MAIA (Rio de Janeiro, 28.09.1942 - Niterói, 15.02.1998). Entrou para o hall do sucesso a partir da década de 70 e tornou-se um dos mais influentes cantores brasileiros. Vítima de uma infecção generalizada, após a tentativa de um show em condições de saúde debilitada.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

FALANDO COM AS ONDAS...



...todo dia é dia de se comemorar, apesar das pedras que nuns nos vem mais, noutros menos.

A vida é de ser comemorada! Afinal, quantos chegaram a este Plano mas nem sequer conseguiram dar o primeiro suspiro?!... E quantos que encerram o expediente tão inesperadamente... sem nos avisar.

Justamente nessas ausências é que, creio, está a Ordem; que nos alegremos da vida, e até da falta dela ou dos que já se Foram. Porque de tudo há um sentido a ser extraído, meditado.

Todos temos uma Missão neste Plano; a sua, meu Amigo, sou testemunha (e centenas de outros também!), de há muito você tem feito com galhardia e honradez, e o fará ainda por muitos e muitos anos, tenho certeza... e rogo a Ele por isso nestas minhas palavras.

Ser RADIALISTA, no sentido maiúsculo e nobre do termo, numa época tão extensa de injustiças, que vem de longe, e até de muito perto... Noticiar todo dia os direitos individuais serem violentados, seja pelo esquecimento ou força do poder em todas as esferas da sociedade, seja pela força de egoísmos doentios. Assistir as peças do teatro da miséria humana sem poder fazer muita coisa, a não ser chorar solitária e recolhidamente num estúdio... E só muito vez por outra, poder dar uma notícia que alegre a todos os seus ouvintes...

Ah, meu Amigo, isso não é pra qualquer um! É preciso ter no peito um coração privilegiado, que resista a esses ventos gelados soprados pela boca da indiferença, da falta de solidariedade...

Deus coloca as pessoas certas nos lugares certos. Não tenho dúvidas! A você, meu Amigo, Ele deu o microfone e o céu pra viajar suas ondas, mas não Se esqueceu de lhe dar também um belo timbre de voz, uma dicção especial, melhor que as nossas, seus ouvintes.

Meu grande Amigo, neste DIA DO RÁDIO e da RADIODIFUSÃO, aqui minha homenagem A VOCÊ e a TODOS DA SUA EQUIPE, sem me esquecer daqueles que, na mais humilde tarefa do ofício, nos bastidores das emissoras pelo Brasil afora, conseguem manter e fazer do rádio e da radiodifusão ainda o melhor veículo de propagação da notícia de verdade!

Abraços fortes deste seu Amigo e fã!





PARABÉNS,


JOAQUIM DE PAULA!







Comentário d'A BALESTRA: JOAQUIM DE PAULA, acima na fotografia (com óculos) com os inesquecíveis Silvio Padeiro e João Alécio, é blogueiro e radialista em Paranavaí (PR), minha terra natal, a quem conheci em fins dos anos 60, na antiga Rádio Paranavaí, nos altos do Bar do Sêo Olimpio, cruzamento da Rua Marechal Cândido Rondon com a Av. Getúlio Vargas. Atualmente Joaquim de Paula tem o programa JORNAL DO MEIO DIA, na Rádio Cultura AM, também em Paranavaí.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

De seren'idade, d’espelhos & d’amainações d’ímpetos d'amar





Naquele tempo,



procurava os entardeceres,




os arredores e a desdita;




agora as manhãs,




o centro e a serenidade.”



Jorge Luis Borges



Fonte: in Prólogo ao fervor de Buenos Aires. 1923

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ASSIM Q'IMAGINEI...


A madrugada fresca e úmida daquela quinta-feira no litoral pernambucano fora de sonos quebrados pr’aquela jovem mãe sertaneja. O Céu aos poucos se tingia d’alaranjado no horizonte sobre um mar de verdes e calmas águas; a aurora assinalava um dia de sol rasgado, tostante como sempre ali. O marido inda moço também, inquieto, mal pregara os olhos cuidando do primogênito que dormia sono inocente. A família. Só os três por ali. Pura ansiedade.

A cada novo sinal de seu ventre ela ficava mais apreensiva; a longa espera dos nove meses se afunilava, mas mantinha-se sertanejamente firme. Qualquer som de sua voz era motivo pro marido fazer-lhe indagações. O frescor da manhã foi cedendo lugar ao calor sobre aquela capital beira mar.

A primavera acabara de chegar. Junto trouxera todos os seus matizes, flores e perfumes, as lavadeiras-mascaradas e os demais pássaros da estação. O sol tomou conta do seu reino; no céu um azul limpo de doer os olhos. Quase dez horas da manhã, a avó materna já chegada para o auxílio, juntamente com a senhora parteira; experientes, puseram à mão os apetrechos do ofício. O ansioso marido fumava pra espairecer... contudo não relaxava; nem a presença do primogênito o distraia. Afinal, iria ser pai novamente. ¿Será menino ou menina?, se perguntava.

Os ponteiros ultrapassaram as dez horas. A um singelo sinal da avó, a porta do quarto foi fechada. Um silêncio se derramou... Em pouco, o choro forte do anjo em flor que chegava naquela primavera, e o aviso vindo da voz da avó materna: - Graças ao nosso bom Deus, deu tudo certo... Em seguida deu a boa nova ao genro inquieto:

- Venha ver Roseval! É uma menina!! Linda!

- Meu botão de flor! Flor de primavera! Vai se chamar Tereza Cristina! – disse o pai com os olhos marejando lágrimas d'alegrias... No quarto a jovem mãe agradecia o presentinho divino clariiinho... Recife nunca mais foi o mesmo!
















Comentário d'A BALESTRA: nesta alegoria a homenagem que faço à ANIVERSARIANTE DO DIA e nossa blogamiga primaveril, a arquiteta TEREZA FREIRE, que hoje apaga velinhas lá no seu belo Recife.

A ela meus PARABÉNS e os votos de que a idade nova que chega hoje traga-lhe também muita saúde, paz, e a certeza da realização de TODOS os seus sonhos - sem exceção - pessoais e profissionais.




Fotografia by WEB: RECIFE ANTIGO - Rua do Bom jesus

terça-feira, 22 de setembro de 2009

HÁBITOS ANTIGOS SÃO DIFÍCEIS DE SE PERDER...



Não perco my old habit musical jamais!

Os demais que os tenho o mundo que me perdoe e os tolere enquanto eu aqui estiver; uma vez nascido músico SEMPRE músico!

Nem que a gente termine nossos dias de vida só trocando cordas de guitarras dos outros ou varrendo palcos pra bandas & cantores...

Certa vez um $ujeito dinheiri$ta contumaz, chatí$$imo, daqueles que se sentam numa gilete e ainda balançam as pernas, perguntou-me:

- Por que músico é tão cheio de manias?

(Financeiro dum evento musical em Curitiba, o chatonildo tivera contato com exigências artísticas dum grande violonista brasileiro que lá se apresentava...)

Respondi-lhe (de minha praia c/ + de 40 anos de acordes) que músicos são pessoas simples, desapegadas, e que só um músico entende outro músico... $obretudo porque não tem inveja$ recíproca$!

O iluminado talento de cada um lhes basta... o resto é paz de espírito.





Comentários lúdicos d'A BALESTRA:

1 - DAVE STEWART (guitarrista) & BAND aí tocam OLD HABITS DIE HARD ("Hábitos antigos são difíceis de se perder"), melodia escrita por ele em parceria MICK JAGGER, autor da letra, para o filme Alfie, em 2004;

2 - a música foi gravada originalmente na voz de Mick Jagger sozinho, sem os Stones, e também pela cantora americana Sheryl Suzanne Crow;

3 - com essa música DAVE & MICK ganharam em 2005 o Prêmio Golden Globe Awards (Globo de Ouro), na categoria de Melhor Canção Original, mas não conseguiram o Oscar na mesma categoria, em cinco anos;

4 – um dos pontos altos da melodia aí no vídeo é o solo tecnicamente divino de DAVE STEWART em sua legítima black guitar Fender Stratocaster, personalizada com madrepérolas no braço e detalhes no corpo;

5 – A linda e potente voz negra (...não lembrei o nome dela.) adoçou na medida exata o que a melodia clamava. Perfeitíssima!!!!

6 - Advertênci'amorosa final: não há que se confundir hábitos com vícios...


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CARTÃO VERMELHO


"...mandou pra Cotidiano, que mandou pra Fran do FAZ DE CONTA, que repassou pra Josie d’O Meu Essencial, que repassou Dan do Pouco de Tudo, que enviou pra Carlucha, que endereçou pro Bar do Bulga, que... uffa... outorgou-me o prazer e o direito da saudável brincadeira.


Regras básicas:


"Cada um deve fazer uma listinha com 10 escolhidos para dar o cartão vermelho.

Pode ser uma pessoa, uma atitude, enfim, tudo aquilo que de alguma forma nos incomode, e se quiser e precisar, dê uma justificativa breve.

Após fazer isso, passe a bola para mais cinco blogueiros e vamos ver no que dá…"



Eis a minha listinha:


1 – Hipocrisias d’amor; só sei amar de verdade!
2 - Soberba de funcionário público concursado; estabilidade e poder lesados.
3 - Blog de celebridades que não interagem; guarda-sol sem pano.
4 - Música eletrônica bat’estaca em carro/casa; sem alma. É só matemática, investimento em surdez e má querência.
5 – Animais desamparados; aviltamento da raça humana.
6 - Copo americano pra cerveja; a tulipa de chope, transparente, me calha melhor.
7 - Egoísmo de qualquer forma; medo da própria incompetência.
8 - Brócolis; há muita coisa melhor pra comer... picanha, por exemplo.
9 - Morosidade das decisões judiciais; o antídoto trouxe a era do assessor.
10 – Sinopses para fugir dos parágrafos das obras; demarca a indigência intelectual.

Convido pra roda as seguintes blogamigas:

TK FREIRE
A MONGA E A EXECUTIVA
DE VEZ EM QUANDO VENHO AQUI
A VIDA É MOVIMENTO
MARTA BELLINI


sábado, 19 de setembro de 2009

O IPÊ "CAPTIRADO"




"Certo dia um caçador muito mau, resolveu acabar com todas as árvores do planeta.

Quando estava preste a cortar o primeiro ipê, um vento estranho e muito forte se aproximou, e como num passe de mágica, uma fada apareceu.

E castigando-o pela sua maldade, transformou o infeliz caçador em um pé de "Ipê".


Até hoje, nas florestas, quando a noite se cala, pode se escutar o lamento do caçador que chora com saudades da família."


Fonte: captirado do blog FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER, de minha blogg'amiga Silvana Nunes, do Rio de Janeiro (RJ), pessoa que cuida melhor que ninguém das fábulas, tradições e das florestas do nosso Brasil.

Imagem: by André Maringá; fotografia da florada de um Ipê numa rua de Maringá (Paraná - Brasil), em junho/2009, publicada no Blog do Rigon.