FERREIRA GULLAR,
O POETA DE (re-)VISÃO CRÍTICA
“(...)
Eu, de direita? Era só
o que faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda
dava cadeia, ninguém
era. Agora que dá prêmio,
todo mundo é.
Pensar isso a meu
respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo acabou,
estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando.
E Cuba?
Não posso defender um
regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu
não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender
um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo.

(...)”.
Fonte: excertos da entrevista de
FERREIRA GULLAR (83), tido como o maior poeta vivo da língua portuguesa e
ex-comunista filiado ao PCB, concedida a Pedro Dias Leite, e publicada nas Páginas Amarelas da revista Veja de
27.09.2012
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