Domingo (26), assisti ao Esporte Espetacular (Globo) com o ex-BBB-2 FERNANDO FERNANDES que, à época (2002), era um boxeador. Comovente e admirável é seu exemplo de s
uperação depois que, por conta de um acidente de veículo em 04 de julho de 2009, ficou paraplégico.
uperação depois que, por conta de um acidente de veículo em 04 de julho de 2009, ficou paraplégico.Realmente sua atitude de mudança interior me pareceu invejável: ainda em 2009 se tornou campeão sulamericano de paracanoagem por duas vezes e, este ano na Polônia, se sagrou Campeão Mundial da modalidade, título inédito para o Brasil. O espírito guerreiro de Fernando é um fato incontestável! Parabéns!!
Algo me amargurou um pouco durante a reportagem: as tatuagens “Gracias, madre” (braço esquerdo), “Believe” (braço direito) e “Santo fuerte” (costas). Simbolizando agradecimentos pessoais aos que o ajudam, estão elas todas, portanto, em idiomas que nada tem a ver com nossa cultura, a mesma dos que o auxiliam todo dia.
Então me perguntei:
- por que não um enfático, um exclamativo “Obrigado, mamãe!”, um “Acredito!”, ou um “Santo forte!”, autenticamente brasileiros e com as entoações próprias, segundo as regras de nossa língua pátria, ao invés de um frio “Gracias, madre”, um “Believe” ou um “Santo fuerte”, todos despontuados e sem graça (brasileira) alguma?
- Consideraria o admirável Fernando pieguice agradecer à sua mãe pelas perenes ajudas ou manifestar-se ao mundo que o cerca em legítimo português?
- Que glamour ou encanto há no fato de, sendo ele brasileiro, tatuar-se com termos em espanhol ou inglês? Será que não se orgulha da língua do país onde nasceu e que agora o representa perante o mundo na modalidade esportiva que escolhera?
Mas nem tudo está perdido. Fernando foi muito feliz quando, ao final da reportagem, disse que “Reclamamos muito e agradecemos pouco.”. De fato.
Então eu o complementaria: “...agradecemos pouco, inclusive por termos nascido no Brasil, uma terra linda e de sol o ano todo, com um povo alegre habitando todos os seus quadrantes, e por falarmos essa língua riquíssima, o português, que muito nos orgulha e que se mantém rijamente apesar dos transitórios modismos!”
PARABÉNS, Fernando!
Imagem: by G-1