“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

sábado, 31 de dezembro de 2011

É. 2011... 2012... A DANÇA DA VIDA!


         É... Hoje o último dia d’ 2011! E nem parece. Inda m’ lembro d’ com’estava meu espírito na passagem d’ 2010 pra 2011, numa praia de São Francisco do Sul.

Olho meu limoeiro tahiti; continua florindo e frutificando. Divino espetáculo o ano todo.

As flores lilases do pingo-de-ouro estão d’ volta na tela da janela do meu quarto; brincos especiais,  penduradinhos. As caídas dão tom especial ao império do gramado. Obras do Pintor-Mor!

Ainda não fiquei amigo do mouse no notebook; sigo agarrado ao outro, acessório. Se há ponte, pra quê rio a nado? Só s’ molha quem não olha.   

Ao meu chamado pardais e pombas seguem vindo ao quintal d’ casa; os farelinhos e pães esmigalhados que lhes dou dia alimentam meus olhos e minh’alma. É a paga pelas sinfonias de cantos d’ paz que m’ entregam todos os dias do ano. Doamos-nos.

Os estampidos dos rojões d’alegria humana da data incomodam ouvidos e corações da Guida e do Bigode; contam comigo, eu sei! Se em mim tem “um deus”, eu os tenho por “anjos calados” que m’ lembram meus pais, Don’Elvira e Sontonho, as saudades, os seus gestos nos chamados d’então.

Ontem à noite reuni amigos mais próximos num “churrasco do Bolinha”; as piadas d’ sempre, muita risada, fotografias e as chacotas de praxe por mais este ano juntos. Amigos podem ser poucos, mas quem não os tem costuma ficar rouco... certas horas inglórias da vida.

2012 já está dando o ar da graça. Que venh'então!

Em sua mala novos caminhos, esperanças, mudanças. É democrático; traz isso pra todos. É bom!

Noto que todo ano novo é assim: discretamente justo; esparrama aos nossos olhos muita alegria e sonhos, mas nós não resistimos ao impulso de autoentremearmos algumas pedras, certos espinhos, nessa nossa mania de (des-)temperarmos a vida. Depois vem as lições do quão vaidosos fomos, apesar da insignificância estampada no prata dos espelhos, que nunca aprendemos.

Finzinho de dezembro, e Caetano ainda canta no rádio sem-lenço-e-sem-documento. Tem razão o poeta: Alegria, Alegria! Lenços são pra lágrimas e documentos pra provar condição. Lágrimas são  vozes d’alma, e os documentos d’ nada lhes servem; o estado da alma é e não está.

O sol de verão de hoje está encoberto. Por aqui nuvens choram sobre os verdes e os vivos, para as sementes entrementes, das paisagens dormentes que acordam sempre, a cada dia, pra noss’alegria.

Uma pontinha de tristeza; m’lembro que um casal d’amigos estará indo embora daqui para o litoral norte do estado de São Paulo; já nos despedimos no dia 17. Não m’acostumo com despedidas, muito menos d’amigos...

É. 2011... 2012... Outro disco tocará na vitrola encantada da vid’amanhã. 

A ela vida só peço que no ano vindouro não me deixe esquecer de sentir resignadamente as dores alheias enquanto sigo aprendendo a pensar abnegadamente formas de estender-lhes minhas mãos, sem no entanto sem injusto com ninguém.



FELIZ ANO NOVO,

E
PARA TODOS... 
SAÚDE!




Imagem 1: by josé roberto balestra
Imagem 2: by web