“Os olhos te foram dados para engano
e o que sentes não cabe na tua mente.
O que não és, e o porque, fingem-te humano.
Tua vida é vivida por outro ente.
Este mundo que vês, não estás nele,
Nem coisa alguma nele há que te importe.
Pois teu sentido e ser, fim e começo,
é a vida que aguarda além da morte.”
Fonte: poema escrito por J.G.R. em 1963, citado no livro Relembramentos : João Guimarães Rosa, meu pai, by Vilma Guimarães Rosa, 3ª ed. rev. e ampl. – Rio de Janeiro : Edit. Nova Fronteira, 2008, p. 185.
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A vida é um enigma, não é? Mas o João Guimarães Rosa a decifrou. E a descreve de forma igualmente enigmática, de acordo com seu olhar que se vê, vestido de corpo, humano. Quem vê é ele, espírito, que veio do lad’lá e para o lad’lá vai, e volta incontáveis vezes, até que um dia, por lá fique, por não precisar voltar, pois lá é o originário e definitivo lugar. Assim é que entendi.
ResponderExcluirUm abraço, José Roberto. Valeu a postagem.
A vida é um enigma!, ou não! talvez seja só isso, ou não. O único que pode dizer o que é ou não a vida é você mesmo.
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