A ideia da gente é mesm’um trem danado, sô!, como mineiramente s’diz. Tudo vai começando, s’encadeando habitual, lentinho lentinho na cachola, no corpo, até que, sem nos darmos conta, já nos aferramos a um costume,... bom ou mal, no graduável.
Ontem à noite, depois d’desligar o notebook com teclado externo (sou expert em atalhos, mas no seu teclado nunc’achei o bendito ponto de “?”), sem mais nem menos m’vi enredado pelas teias das álgebras booleanas, aquelas estruturazinhas matemáticas, emaranhosas, que capturam a essência das operações lógicas, fundamento da matemática binária da computação. Mas não é disso que quero tratar falar; há gente melhor pra coisa, felizmente.
Pois bem, não foi a matemática – um’antiga e ex inimiga minha (traumatizado que fora eu por volta de 1972 por um certo professor Valmir, nome que, escandidas as sílabas e transpostas suas vogais, só m’recorda coisa vil e má!), a quem em 1975 fui solenemente reapresentado por uma mestra nissei em Mamborê (PR) – que m’complicou n’algo que m’deleito amiúde: ESCREVER! Imaginar e narrar aquel’imaginado qu’me vem centelhado no espírito, num’eterna luta contra o inexorável da Partida certa, já que a ciência ainda não nos deu cálice do antídoto perpetuante.
D’cara o insólito fato m’fez lembrar da música Old habits die hard (by David Stewart/Mick Jagger) que certa vez publiquei aqui. Confesso: não gasto neurônio com coisas que podem s'guardar escritas. ¿Número de telefone? Nem o de casa. ¿Número de processos de meus clientes? Nãozinho mesmo! Inda mais agora que, sob nova ordem, estão quilométricos; pra isso as listas telefônicas e os sites dos tribunais. Todavia, os atalhos de digitação eu os guardo sim!
Então, ontem, meianoitado e já madrugosamente, momentos que, pelo silêncio geral m’aprazem escrever, com o espírito inspirado, resolvi prosseguir mais um pouco meu livro em gestação. Liguei o notebook, o teclado e o mouse chupetas, e com aquela cara de vaca-na-horta, a de quem já sabe o que vai fazer, comecei a digitar no teclado externo.
Teclo daqui, teclo dali... Epa!, a tela limpinha-da-silva; nada d’aparecer caractere algum! Desliguei tudo... Como não m’dou por vencido fácil, religuei e recabeei tudo, e fui à digitação ‘tra-vez. E neca de pitibiriba! Cutuquei a tecla ScroolLock, dei Alt efe isso e efe aquilo, e mais um combinatório booleano. Nada! Nessas alturas a divin’inspiração já tinha ido pra Singapura, Tegucigalpa, Xique-Xique, Xanxerê, ou sei lá pr’aonde... E eu lá, parado, semi’rritando-me c’a impotência informática, e c’uma baita interrogação passarinhando-me a cuca...
Mas ainda nesse estádio de semi’rritadez, bati os olhos na tecla NumLock. Um toque, e... Eureca!! ’Calmei-me; a luzinha do teclado chupeta não acendera! Dei-lhe inspeção física e, ufa!, tive de m’dar por vencido: sucedeu que ao desligar o notebook e guardar o tal chupeta enrolando seu cabo no teclado, arrebentara-lhe um dos fiozinhos já fadigados por meu (des)ato. Justo o de energia!
Vencido e ainda querendo segurar pelo rabo a fugidia inspiração, parti pra digitação direta no notebook. Não fui longe... deparei-me no texto c’o monstro qu’me fizera comprar um teclado chupeta pr’ele: o ponto de interrogação (“?”). Fui dormir...
Hoje pela manhã, lembrando-me da tradução da letra de Old habits die hard (“Hábitos antigos são difíceis de se perder”), feit’um garimpeiro faisquei no terreno preto do teclado do notebook até encontrar o bendito ponto d’interrogação! A custo, mas venci my old habit!
Ontem à noite, depois d’desligar o notebook com teclado externo (sou expert em atalhos, mas no seu teclado nunc’achei o bendito ponto de “?”), sem mais nem menos m’vi enredado pelas teias das álgebras booleanas, aquelas estruturazinhas matemáticas, emaranhosas, que capturam a essência das operações lógicas, fundamento da matemática binária da computação. Mas não é disso que quero tratar falar; há gente melhor pra coisa, felizmente.
Pois bem, não foi a matemática – um’antiga e ex inimiga minha (traumatizado que fora eu por volta de 1972 por um certo professor Valmir, nome que, escandidas as sílabas e transpostas suas vogais, só m’recorda coisa vil e má!), a quem em 1975 fui solenemente reapresentado por uma mestra nissei em Mamborê (PR) – que m’complicou n’algo que m’deleito amiúde: ESCREVER! Imaginar e narrar aquel’imaginado qu’me vem centelhado no espírito, num’eterna luta contra o inexorável da Partida certa, já que a ciência ainda não nos deu cálice do antídoto perpetuante.
D’cara o insólito fato m’fez lembrar da música Old habits die hard (by David Stewart/Mick Jagger) que certa vez publiquei aqui. Confesso: não gasto neurônio com coisas que podem s'guardar escritas. ¿Número de telefone? Nem o de casa. ¿Número de processos de meus clientes? Nãozinho mesmo! Inda mais agora que, sob nova ordem, estão quilométricos; pra isso as listas telefônicas e os sites dos tribunais. Todavia, os atalhos de digitação eu os guardo sim!
Então, ontem, meianoitado e já madrugosamente, momentos que, pelo silêncio geral m’aprazem escrever, com o espírito inspirado, resolvi prosseguir mais um pouco meu livro em gestação. Liguei o notebook, o teclado e o mouse chupetas, e com aquela cara de vaca-na-horta, a de quem já sabe o que vai fazer, comecei a digitar no teclado externo.
Teclo daqui, teclo dali... Epa!, a tela limpinha-da-silva; nada d’aparecer caractere algum! Desliguei tudo... Como não m’dou por vencido fácil, religuei e recabeei tudo, e fui à digitação ‘tra-vez. E neca de pitibiriba! Cutuquei a tecla ScroolLock, dei Alt efe isso e efe aquilo, e mais um combinatório booleano. Nada! Nessas alturas a divin’inspiração já tinha ido pra Singapura, Tegucigalpa, Xique-Xique, Xanxerê, ou sei lá pr’aonde... E eu lá, parado, semi’rritando-me c’a impotência informática, e c’uma baita interrogação passarinhando-me a cuca...
Mas ainda nesse estádio de semi’rritadez, bati os olhos na tecla NumLock. Um toque, e... Eureca!! ’Calmei-me; a luzinha do teclado chupeta não acendera! Dei-lhe inspeção física e, ufa!, tive de m’dar por vencido: sucedeu que ao desligar o notebook e guardar o tal chupeta enrolando seu cabo no teclado, arrebentara-lhe um dos fiozinhos já fadigados por meu (des)ato. Justo o de energia!
Vencido e ainda querendo segurar pelo rabo a fugidia inspiração, parti pra digitação direta no notebook. Não fui longe... deparei-me no texto c’o monstro qu’me fizera comprar um teclado chupeta pr’ele: o ponto de interrogação (“?”). Fui dormir...
Hoje pela manhã, lembrando-me da tradução da letra de Old habits die hard (“Hábitos antigos são difíceis de se perder”), feit’um garimpeiro faisquei no terreno preto do teclado do notebook até encontrar o bendito ponto d’interrogação! A custo, mas venci my old habit!
Portanto, eis MEU PRIMEIRO TEXTO INTEGRALMENTE NOUTIBUQUEADO, sem o socorro d’um teclado chupetento.
...¿Mas como’s velhos hábitos são mesmos difííceis de s'perder, não??????
Imagem: by WEB
:D Vc tem razão! Velhos hábitos são realmente um desafio, e exigem muita força de vontade e determinação para serem vencidos!!
ResponderExcluirMas não seja tão rigoroso com vc mesmo, afinal assim como a música, a informática também é um universo a ser explorado! E com vários buracos negros... :D
Um ótimo jogo pra nós! E que venha o hexa!! hehe
Bjo
Como a Carlucha disse, velhos e arraigados hábitos estão entranhados em nós. É sempre um desafio, para qualquer idade, abandonar o velho e dar lugar ao novo. É sair da zona de conforto. Machuca, amedronta. Mas é preciso. É transformação. É vida. Grande abraço, amigo.
ResponderExcluirTenho medo de mim as vezes... ando com manias...
ResponderExcluirpreciso deixa-la imediatamente de lado. Adoro este teu jeito de escrever... simples e erudito.
Que bom que te encontrei!
Meu amigo,,,muito bom recebe lo no Livro novamente,,,,um forte e fraterno abraço de otima noite pra ti.
ResponderExcluirEmbora pareça moderna também tenho minhas dificuldades com o notebook motivo pelo qual tenho e não uso...rs. Diferentemente de você não ando com vontade de aprender certas " modernidades" hehehe
ResponderExcluir