“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

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quarta-feira, 3 de março de 2010

CADA UM CADA UM









"Combate à criminalidade é missão da Administração"


Sob o título "Cada macaco no seu galho", oito famosos advogados criminalistas assinam artigo na edição desta terça-feira do jornal "O Estado de S. Paulo" em que criticam a Ordem dos Advogados do Brasil por pedir a prisão e o bloqueio dos bens do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).


Arnaldo Malheiros Filho, Eduardo P. Carnelós, José Carlos Dias, José Luis Oliveira Lima, José Roberto Batochio, Nilo Baptista, Paulo Sérgio Leite Fernandes e Técio Lins e Silva afirmam que:

"...é triste ver nossa Casa, por uns segundos na televisão, por louvaminhas generalizadas e aplauso fácil, deixar de honrar seu compromisso maior com a liberdade e violar a regra de impessoalidade, ao pedir a prisão de um cidadão determinado, lavrando em seara que não lhe compete, especialmente quando há tanto por fazer no que lhe cabe".

Para os criminalistas, enterrada a luta contra a ditadura, que uniu os advogados, "percebemos o quanto eram diferentes nossos sonhos e projetos para o Brasil".

Segundo os articulistas, o sucesso daquela batalha "levou alguns dirigentes da OAB à idéia de que seriam, à sua moda, investigadores e corregedores-gerais do Brasil".

"Passou a Ordem, em certas gestões, a querer se imiscuir em tudo, assumindo posições que não se podem dizer da maioria e, o que é pior, tomando partido sobre causas afetas ao Poder Judiciário, nas quais há inscritos seus de um lado e de outro".



Fonte: BLOG DO FRED in Folha on Line/Blogs da Folha
Frederico Vasconcelos, 64, nasceu em Olinda, Pernambuco. É formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco. Exerce a profissão desde 1967. Começou sua carreira em Recife, como repórter da sucursal Norte/Nordeste da revista "Manchete".

Imagem superior by WEB

2 comentários:

  1. Caro Balestra,

    A ideia de "cada macaco no seu galho" leva-nos à reflexão da razão da existência da OAB como instituição equiparada a autarquia, cuja missão institucional seria, em folgada análise, o interesse público.

    Não é razoavel a OAB calar-se diante de temas cujo interesse coletivo prepondera em relação ao particular, como é o caso do mensalão do DEM, no DF. Em função da dimensão que toma o caso, que tem repercussão na vida de todos os candangos, não pode a OAB calar-se e postar-se tácita e corporativamente ao lado dos advogados que defendem os interesses de Arruda e demais acusados, pois o interesse público deve preponderar.

    A postura da OAB, ao pedir a prisão dos envolvidos, está em harmonia com seu historial em defesa do interesse público, como se viu à época das diretas-já e do impeachment de Collor.

    A legitimidade e razão de existência de uma OAB, enquanto entidade da soceidade civil, não está na defesa exclusiva dos interesses corporativos, mas primordialmente no interesse público, o qual deve(ria) nortear a conduta dos advogados em quaisquer circunstâncias.

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