Era 1971.
Até fevereiro de 1972 eu havia deixado compulsoriamente minhas roupas coloridas, minha guitarra, meu violão, minha PAZ de espírito e um emprego na antiga COMAPA (revenda Volkswagen em Paranavaí - PR), na qual aos 17 anos, por convite do saudoso seo CARLOS MACHADO – então sócio-diretor da empresa, a quem sou eternamente grato pela oportunidade dada –, fui guindado ao cargo de gerente da seção de peças da filial CANEL (Nova Esperança -PR), um serviço de belíssimas lembranças, principalmente meu curso da fábrica em São Bernardo do Campo (SP).
Da CANEL fui arrancado pra abraçar, pasmem, um FAL belga (Fusil Automatique Leger ou Fuzil Automático Leve) em Curitiba (PR), no então 20º R.I. (Regimento de Infantaria), ao qual dávamos o hipocorístico de 20º Recanto do Inferno. Em 1972 passou a ser 20º B.I.B. – Batalhão de Infantaria Blindada...
Que AGONIA!
...nunca tive nada a ver com aquilo de verd'oliva, caserna, continências e essas coisas assim... Meus ideais libertários ficaram sufocados no período, mas na volta os reassumi PRA SEMPRE, e talvez por isso, sem que eu haja me dado conta, sou advogado... Mas nunca larguei de minha música nem de meus violões, meu canto, ou a paz de espírito que isso tudo me proporciona...
No entanto, do tempo de caserna guardo boas recordações, das farras da nossa “panelinha”, dos detimentos, das malditas cadeias (um monte...) e de amigos do peito como ROBERTO TORRENTE (aí na foto comigo, ambos com as faces murchas de tão cansados, após uma marcha por 46km, do bairro Bacacheri até a granja do quartel).
Mas, sinceramente... bate uma saudade danada dos que hoje já não estão neste Plano... A esses, através de Luiz Carlos Pavesi, recém Partido aqui em Maringá, e Nêgo Leme (Cruzeiro D'Oeste - PR), que de há muito Subiu, rendo minhas homenagens de coração a todos os jovens que um dia foram – ou estão sendo – chamados para ao serviço militar obrigatório.
Até fevereiro de 1972 eu havia deixado compulsoriamente minhas roupas coloridas, minha guitarra, meu violão, minha PAZ de espírito e um emprego na antiga COMAPA (revenda Volkswagen em Paranavaí - PR), na qual aos 17 anos, por convite do saudoso seo CARLOS MACHADO – então sócio-diretor da empresa, a quem sou eternamente grato pela oportunidade dada –, fui guindado ao cargo de gerente da seção de peças da filial CANEL (Nova Esperança -PR), um serviço de belíssimas lembranças, principalmente meu curso da fábrica em São Bernardo do Campo (SP).
Da CANEL fui arrancado pra abraçar, pasmem, um FAL belga (Fusil Automatique Leger ou Fuzil Automático Leve) em Curitiba (PR), no então 20º R.I. (Regimento de Infantaria), ao qual dávamos o hipocorístico de 20º Recanto do Inferno. Em 1972 passou a ser 20º B.I.B. – Batalhão de Infantaria Blindada...
Que AGONIA!
...nunca tive nada a ver com aquilo de verd'oliva, caserna, continências e essas coisas assim... Meus ideais libertários ficaram sufocados no período, mas na volta os reassumi PRA SEMPRE, e talvez por isso, sem que eu haja me dado conta, sou advogado... Mas nunca larguei de minha música nem de meus violões, meu canto, ou a paz de espírito que isso tudo me proporciona...
No entanto, do tempo de caserna guardo boas recordações, das farras da nossa “panelinha”, dos detimentos, das malditas cadeias (um monte...) e de amigos do peito como ROBERTO TORRENTE (aí na foto comigo, ambos com as faces murchas de tão cansados, após uma marcha por 46km, do bairro Bacacheri até a granja do quartel).
Mas, sinceramente... bate uma saudade danada dos que hoje já não estão neste Plano... A esses, através de Luiz Carlos Pavesi, recém Partido aqui em Maringá, e Nêgo Leme (Cruzeiro D'Oeste - PR), que de há muito Subiu, rendo minhas homenagens de coração a todos os jovens que um dia foram – ou estão sendo – chamados para ao serviço militar obrigatório.
Valeu a experiência! E em mim ficaram muitas saudades... dos amigos!
Fotografias: by arquivo pessoal josé roberto balestra. 1971: (1) no refeitório do quartel então 20º R.I. (Regimento de Infantaria/Curitiba-PR); (2) eu o último da direita, tocando guitarra em minha primeira banda profissional em 1967 - O EMBALO [Zé Tremendão, Santão, Evaldo Polaco, Evaldo Tigrão, e eu]-; (3) eu e Roberto Torrente, após a marcha de 46km.
Fotografias: by arquivo pessoal josé roberto balestra. 1971: (1) no refeitório do quartel então 20º R.I. (Regimento de Infantaria/Curitiba-PR); (2) eu o último da direita, tocando guitarra em minha primeira banda profissional em 1967 - O EMBALO [Zé Tremendão, Santão, Evaldo Polaco, Evaldo Tigrão, e eu]-; (3) eu e Roberto Torrente, após a marcha de 46km.
QUERIDO ROBERTO, DELICADO RELATO DE UM TEMPO, QUE VIVES-TE COMO ESPERIÊNCIA POSITIVA...
ResponderExcluirCOMPRISTE O TEU DEVER MILITAR E VOLTAS-TE PARA NÓS E SEGUISTE O TEU CAMINHO DO CURSO DE ADVOCACIA, O TUA QUERIDA GUITARRA OU VIOLÃO E ASSIM TE TORNASTE NUM SER HUMANO MARAVILHOSO...!
UM SER SENSÍVEL, AMIGO DOS SEUS AMIGOS. UM GRANDE POETA... A QUEM EU TENHO MUITO ORGULHO DE CHAMAR " MEU AMIGO DO CORAÇÃO "
UMA NOITE DE PAZ... QUE DEUS GUIE SEMPRE OS TEUS PASSOS... TUA AMIGA DO CORAÇÃO,
FERNANDINHA
Você ainda ficou em Curitiba, duro foi para nós que fomos para Brasília, tempos da ditadura, guerilheiros e tantas outras. Um dois seu mocorongo (e alguns outros elogios), bons tempos, foi o desmame. Voltamos pronto para enfrentar qualquer batalha. Boas lembranças
ResponderExcluirBonita história, Balestra! Me lembra muito o sentido poético do final do filme Gloria Feita de Sangue, de Kubrick. Há um quê de poesia e certo deslocamento do sentido do serviço militar.
ResponderExcluirParabéns, meu caro.
Você é uma dessas pessoas de GRANDE ESPÍRITO que tira das adversidades as cores da boa saudade... mesmo quando elas nos levam cores de ideais e liberdade... temporariamente, graças à Deus! Beijos...
ResponderExcluirCaro amigo Zé Roberto,seu relato me fez voltar no tempo,no tempo em que eu , por ser considerado subversivo e lutar por liberdade de expressão estava preso no QG em Curitica, na praça Rui Barbosa.parabéns, voce usa muito bem a s palavras.
ResponderExcluirTaí uma experiência que nucna vivi...não sei porque...:o)
ResponderExcluirMas realmente deve marcar a vida de um homem!!!
Roberto,
ResponderExcluirReitero a necessidade de nos encontrarmos. Vamos marcar data, local e horário. O Antonio não terá tempo disponível aos sábados. Abs.
É impressionante as semelhanças de nossas vidas Balestra...Gostamos das mesmas músicas, somos Sãopaulinos, formados em direito e servimos a patria amada, salve,salve! Você infante e eu artilheiro 2ºGCan AuAer40...A única diferença é que sou oficial da reserva CPOR/SP, sem contar as outras coisas que vamos descobrindo aos poucos...É amigo acredito que em outra vida eramos irmãos...
ResponderExcluirForte abraço
Balestra: Sou amigo do seu irmão, o dr. Ricardo Balestra, ex-Copel, desde a época do movimento estudantíl, aquele, de verdade!. Sou de Sta Isabel do Ivaí, da terra da família Hermógenes, e vi o meu saudoso irmãozinho Zeca revelar-se para a música, no conjunto Os Phelpas. E, quando ao Dia do Soldado, taí uma das minhas frustações: a de não ter sido convocado. A outra é a de não poder doar sangue. Parabéns pelo seu excelente blog. Saúde e Paz! Parreiras Rodrigues, ex-O Diário - Assessor de Imprensa do dep. Luiz Accorsi.
ResponderExcluirBalestra, fiquei muito feliz ao ver nossa foto estampada em seu blog e em saber que você não se esqueceu dos velhos amigos. Muito feliz por isso, mas também muito triste por saber que o nosso companheiro faleceu.
ResponderExcluirEstou em morando em Paranavaí com minha familia. Venha nos visitar.
Quero que saiba que eu também não me esqueci de você e nem dos nossos antigos e eternos companheiros.
Espero noticias. Abraços do amigo Roberto Torrente!
Ooo, uniforme brabo.roberto. era feito de lona. pesado pra cacete..a manta, parecia que tinha espinho..com toda dificuldade..valeu.. Roberto torrente. quem escreve é o aparecido 1219 me mande seu endereço...abraço amigo...
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