“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

sábado, 22 de novembro de 2014

UM "SHAKESPEARE" NEGRO ENTRE NÓS


ALTAY VELOSO


Natural de São Gonçalo (RJ), multi-instrumentista, ator, cantor e compositor de mais de 450 músicas entre os seus muitos sucessos (“Entra e sai de amor”/novela Roque Santeiro - “Dito e feito”/R. Carlos - “Estrela luminosa”/Alcione), Altay é o autor do livro OGUNDANA, O ALABÊ DE JERUSALÉM”, de onde recolheu sua mais inspirada construção musical, a ópera “O Alabê de Jerusalém”.


Na ópera Altay relata a riquíssima história de Ogundana, um homem que viveu há mais de 2000 anos na África, e que num dia de festa num templo religioso de matriz africana, volta à Terra para contar sua história.

Recomendo que se assista ao DVD da ópera (2:08:03), uma obra de arte genuinamente nacional, motivo de muito orgulho para todos nós: 

https://www.youtube.com/watch?v=4rpPqioVt5o 


No vídeo abaixo, com impressionante sensibilidade Altay Veloso interpreta sua canção "Alabê de Jerusalém", no palco do programa "Sr. Brasil", de Rolando Boldrin, no final de 2013, canção que tem uma letra magistralmente por ele escrita.     




quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ELES VENCERAM












ELES VENCERAM




Apurados os votos e encerrada a sétima eleição presidencial brasileira, vimos que o certame foi singularmente alimentado por toda sorte de situações inusitadas; a tragédia com o jovem esperançoso candidato Eduardo Campos em plena campanha, com a óbvia assunção do posto na chapa pela candidata a vice, Marina Silva. 

Presenciamos a combatividade raivosa extraída da velha cartilha petista que dita aos seus “alunos” a habilidade de desconstruir imagem e história pessoal de quem lhes dê oposição, bem aos moldes das orientações recolhidas das ditaduras que ainda sobrevivem na América Latina à custa da pobreza material e da desinformação dos povos, espelhados num castro-comunismo aparentemente já em fim de linha porque hoje adepto do capitalismo.

Em verdade a implementação do comunismo na América Latina está sendo dissimuladamente semeada entre nós desde algum tempo e tem por berço o “Foro de São Paulo”, de onde seus membros recebem as ordens do regime dos irmãos Castro para submeterem toda a AL aos caprichos de uma elite comunista afeita ao terrorismo, ao narcotráfico, ao criminoso revisionismo histórico e jurídico, com as farsas do indigenismo, da teologia da libertação, do ambientalismo e das teses racistas do movimento negro.

Tivemos durante este certame presidencial pesquisas quase que diárias de intenção de votos do eleitor sendo divulgadas por conhecidos institutos como o IBOPE e o DATA FOLHA, demonstrando - por estimativa - situações inacreditáveis que corou até mesmo os beneficiados, quanto mais os prejudicados. Todos sabem o quão as pesquisas influenciam o eleitor menos informado, levando-o a votar no candidato em melhor posição percentual na amostragem.

Presenciamos ministros do TSE, muitos deles conduzidos ao cargo de seus respectivos tribunais superiores por indicação política do atual governo reeleito - alguns até recentemente advogados contratados pelo partido situacionista. Deram eles a textos legais construções interpretativas francamente inclinadas que alteraram a regra do jogo em pleno transcorrer da partida, causando perplexidade entre alguns de seus pares e também no meio jurídico nacional.

Enfim, a voz das urnas se fez ouvir: após 99,99% das urnas apuradas pelo TSE, por uma diferença de 3.458.891 votos, equivalente a 3,27% do total de votos válidos [Dilma: 54.499.901 - Aécio: 51.040.010], a maioria do povo brasileiro preferiu manter o atual governo no poder. E se assim o fez é porque esta multidão de eleitores o aprova como está. Isto agora é fato, e não adianta querer alterá-lo, porque foi resultado do exercício, bom ou mal, da democracia, o que saberemos apenas em porvindouro futuro. 

Enquanto advogado, sempre entendi que o fato de perder disputa na vida ou de tese em processo judicial, mesmo diante da força arbitrária do poder, são situações que não me fazem menor e nem me impõem arrependimento ou renúncia aos meus nossos ideais de amor à verdade e à liberdade, minha e de meu próximo. Muito ao contrário; dão-me ânimo novo. Nenhum progresso, individual ou coletivo, pode fugir a essas situações. Quem delas se divorcia hora ou outra terá de haver-se com a Justiça Criminal e seus duros Códigos.

O exercício da virtude por quem se dispõe a viver pelo bem, em especial o bem-comum, é e sempre será entremeado por sorrisos e lágrimas brotados do sentimento de dignidade festejada ou ferida, já que o fato de hoje será história amanhã, e ninguém mudará os fatos da história por maiores ou menores que sejam, excetuadas a mentira e a falsidade, que em regra são construídas sob interesses egoístas de quem delas se serve, mas que justamente por isso termina sucumbindo mais cedo ou mais tarde; o caso “Mensalão”, perpetrado nos interesses do partido do governo reeleito, foi um exemplo do que ora falo, mas que não parece ter resolvido parar nisso, eis que agora nos chega ao conhecimento o “Petrolão”, nova arquitetura criminosa contra os interesses do País, engendrado por quadrilha composta também por membros deste mesmo governo reeleito. Aguardemos a Justiça Federal dar seu veredicto, assim como aguardaremos a decisão judicial estadual do tão alardeado caso do aeroporto da cidade de Cláudio (MG).

As águas das nascentes de um riacho não choram por aquelas que já se foram para o mar, porque destas é que resultará esculpido o leito por onde as mais novas haverão de seguir sem se preocupar com as pedras do caminho. Todavia, embora respeitemos o resultado das urnas, pelo mesmo diapasão não podemos perder a capacidade e o sentimento de indignação com que vimos ser construído o resultado desta reeleição, notadamente no segundo turno, claramente levada a termo pela candidata oficial sobre argumentos nada recomendáveis pela boa moral e o Direito.

Digo isto porque, para o brasileiro que se disciplinou a assistir a todos os debates entre os candidatos, ficou evidente que a agressividade da qual a reeleita tanto reclamou na mídia e em seus programas do horário eleitoral nada mais foi que o resultado do exercício de defesa de sua dignidade por parte do candidato que lhe dava oposição neste segundo turno; cumpria ele, assim, um fenômeno natural descrito pelo físico Newton em sua Terceira Lei: a toda ação corresponde a uma reação, de mesmo módulo, mesma direção e de sentido oposto.

Enfim, se a boa lâmina de aço é feita sob a agonia da forja, da deformação da estrutura inicial do metal sobre a bigorna pela ação enérgica do martelo do ferreiro e do calor do fogo, LOGO, com a reeleição ficou claro que por semelhante processo ainda deverá passar a maioria de nosso povo brasileiro durante os próximos quatro anos de exercício democrático e de cidadania, para que ao final desse período aprenda - ainda que tardiamente - a lição pelo equívoco e o desleixo cometidos diante da única oportunidade que tivera de rever seu destino pelo voto consciente, em especial diante de tantas denúncias e evidências de crimes contra nossa pátria por esse mesmo governo agora reeleito.

Ao final de 99,99% das urnas apuradas pelo TSE, tivemos 5.219.592 (4,63%) eleitores que votaram nulo; 1.921.812 (1,71%) que votaram em branco; e dos que construíram o maior contingente de abstenção até hoje já registrado, num total de 30.137.165 eleitores (21,10%), número este que é muito superior ao de votos válidos somados dos estados do Paraná (6.173.765) e de São Paulo (23.784.672) nesta eleição presidencial. Uma das muitas causas dessa abstenção atribuo à novidade da falha da aferição biométrica, uma solução técnica “modernosa”, encontrada pelos tribunais eleitorais para um problema que não existia nem existe; as urnas eletrônicas até agora tem se demonstrado seguras de fato.

Estes números não só nos dão um retrato fiel da dimensão do que foi o voto pela reeleição neste segundo turno, como também a certeza de que essa maioria dos eleitores dos votos válidos dados à candidatura oficial, de nulos, brancos e dos que deixaram de comparecer para votação, estava chocando os “ovos da serpente” e nem desconfiava disso. O tempo dirá se estou errado.  Quem viver verá se agora de fato... ELES VENCERAM!



*Zé Roberto Balestra é paranavaiense, advogado em Maringá (PR), escritor amador, blogueiro, músico, e Supervisor de Conteúdo do Blog do Joaquim de Paula, de Paranavaí (PR).