“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

AS TATUAGENS DE FERNANDO CAMPEÃO!

Domingo (26), assisti ao Esporte Espetacular (Globo) com o ex-BBB-2 FERNANDO FERNANDES que, à época (2002), era um boxeador. Comovente e admirável é seu exemplo de superação depois que, por conta de um acidente de veículo em 04 de julho de 2009, ficou paraplégico.

Realmente sua atitude de mudança interior me pareceu invejável: ainda em 2009 se tornou campeão sulamericano de paracanoagem por duas vezes e, este ano na Polônia, se sagrou Campeão Mundial da modalidade, título inédito para o Brasil. O espírito guerreiro de Fernando é um fato incontestável! Parabéns!!

Algo me amargurou um pouco durante a reportagem: as tatuagens “Gracias, madre” (braço esquerdo), “Believe” (braço direito) e “Santo fuerte” (costas). Simbolizando agradecimentos pessoais aos que o ajudam, estão elas todas, portanto, em idiomas que nada tem a ver com nossa cultura, a mesma dos que o auxiliam todo dia.

Então me perguntei:
- por que não um enfático, um exclamativo “Obrigado, mamãe!”, um “Acredito!”, ou um “Santo forte!”, autenticamente brasileiros e com as entoações próprias, segundo as regras de nossa língua pátria, ao invés de um frio “Gracias, madre”, um “Believe” ou um “Santo fuerte”, todos despontuados e sem graça (brasileira) alguma?

- Consideraria o admirável Fernando pieguice agradecer à sua mãe pelas perenes ajudas ou manifestar-se ao mundo que o cerca em legítimo português?

- Que glamour ou encanto há no fato de, sendo ele brasileiro, tatuar-se com termos em espanhol ou inglês? Será que não se orgulha da língua do país onde nasceu e que agora o representa perante o mundo na modalidade esportiva que escolhera?

Mas nem tudo está perdido. Fernando foi muito feliz quando, ao final da reportagem, disse que “Reclamamos muito e agradecemos pouco.”. De fato.

Então eu o complementaria: “...agradecemos pouco, inclusive por termos nascido no Brasil, uma terra linda e de sol o ano todo, com um povo alegre habitando todos os seus quadrantes, e por falarmos essa língua riquíssima, o português, que muito nos orgulha e que se mantém rijamente apesar dos transitórios modismos!”

PARABÉNS, Fernando!


Imagem: by G-1

sábado, 11 de setembro de 2010

O RISCO DA INDIGÊNCIA LINGUÍSTICA


Quem me lê aqui no blog certamente já percebeu: tenho manifesto gosto pelos mistérios da língua portuguesa, apesar de não possuir formação acadêmica em Letras, mas em Direito.

Já o disse antes: devo o prazer pelas letras à minha venturosa "Academia-base", o saudoso Externato Nísia Floresta, das lições vindas das “Imortais” Mestras, Dª Alba Dantas Montenegro e a poeta Roza de Oliveira, as quais, por uma dessas coisas do destino, são filhas de chãos cariocas, onde estão assentadas as colunas do ateneu-mor pátrio: a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.

Pensar, pesquisar, ponderar, e depois registrar isso em textos tem sentido especial para mim. Talvez seja uma espécie de luta perpétua contra a morte... Afinal, todo escritor é um pouco rebelde ao prazo concedido pelo Creador. Como se isso adiantasse. Mas não custa insistir...

Pois bem. Autodidata em Letras, para minhas pesquisas sirvo-me de dicionários de sinônimos e antônimos, lingüísticos, nacionais ou estrangeiros, obras técnicas, críticas literárias e de literatura, estas na maioria de autores nacionais; imprescindível cantar as coisas nossas, tão invejadas lá fora por suas singularidades, embora a isso poucos daqui se atenham ou estimem, e uns até as menoscabem.

Até 2008, por absoluto prazer na lida com o papel físico, houvera eu “destruído” alguns Aurélios (a foto aí ao lado é de um deles), tantos os manuseios dezenamente diários, e as prazerosas respostas. Mas a inclemência do tempo fez-me ceder (em parte!): instalei um Aurelião virtual em meu computador.

Fugindo da pecha de ser “homem de um dicionário só”, como se diria, comprei um Dicionário Houaiss da língua portuguesa, recomendado pela ABL, instalando o cedê que o acompanha, sem fugir à leitura integral do seu prefácio ou do histórico do sonho de seu saudoso idealizador, o filólogo Antônio Houaiss, admirável!

Desde então passei a fazer minhas consultas duplicadamente; no Aurelião e no Houaiss. Mas dia desses, para meu maior encantamento léxico, um amigo instalou em minha máquina um “Aulete digital”. Agora, faço o cotejo dos termos pesquisados no meu “Trio Léxico”.

Todavia, essa disciplina pessoal conduziu-me a uma respeitosa, porém, triste constatação: enquanto os demais dicionários registram antigos e também novos vocábulos da fala nacional, o Houaiss, e que inclusive traz a importante datação de criação dos termos, por outro lado tem extirpado muitos, de antigo uso, mas históricos, que fazem parte de reconhecidas obras literárias nacionais, e que enriqueceram sobremaneira a língua portuguesa em seus momentos próprios, até mesmo dando origem a outros depois.

Ao contrário do entendimento que é descuidadamente corrente, os termos, as expressões e seus significados, não saem dos dicionários para a fala do povo, mas é exatamente o contrário: da boca, do uso e da criatividade dos indivíduos é que é formado e enriquecido o léxico pátrio.

Portanto, quando na minha condição de músico, por exemplo, estudo os versos de uma canção antiga - “NOITE DE ESTRELAS” (1932), de Candido das Neves, gravada por Vicente Celestino - e neles vejo o vocábulo substantivo feminino “FALENAS” (lepidópteros: ordem de insetos que reúne as borboletas e as mariposas) e daí, em consulta ao HOUAISS noto que não o cita, entretanto é encontrado no AURÉLIO e no AULETE DIGITAL, com efeito, reverentemente ao incansável trabalho da equipe do filólogo Antônio Houaiss, não posso deixar de expressar minha preocupação pela supressão de vocábulos menos usados ou de usos antigos, justamente num dicionário indicado pela guardiã da língua portuguesa no país, a ABL.

Creio que seja tempo de rever-se essa injustiça vernacular, sob pena de em breve nos tornarmos uma NAÇÃO LINGUISTICAMENTE INDIGENTE!


Imagem: by arquivo pessoal de jrb

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Num longínquo 7 de Setembro, em Paranavaí




Como o tempo passa. Início dos anos 60. Paranavaí (PR). Éramos uma das turmas do meu inesquecível Externato Nísia Floresta, da minhas mestras Dª Alba Dantas Montenegro e Rozinha de Oliveira, a poeta, que há tempos curitibou.

Dentre os nomes dos amiguinhos aí da fotografia num desfile de 7 de Setembro me recordo de Agamenon Porfirio Santana (2º da 1ª fila à esq.), sempre muito sério, Carlos Roberto Nalim (2º da 3ª fila) e lá ao final da fila, atrás deles, Carlos Ajita, hoje aqui em Maringá (...engraçado, mas não me reconhece quando nos encontramos pela cidade...).

Achem-me entre os do final das filas; aquele "sujeitinho" de cabeça erguida, curioso com não-sei-o-quê. Penso que talvez eu estivesse gravando mais na memória aquele dia que os demais...


Mas eu tinha uma inveja danada era deste último amigo aqui, cujo nome agora não me lembro, o maior e 1º da fila à direita: ele e sua irmã vinham para as aulas no Externato A CAVALO, cada um com sua própria montaria, que ficavam amarrados à sombra, sob pés de santa-bárbaras... Eu babava de vontade passear naqueles arreios bonitos, com grossos pelegos, macios. Animais, uma grande paixão que tenho e terei sempre!


Todo 7 de Setembro eu engraxava meus sapatos pretos ao brilho máximo. Mamãe Elvira (Dona Viróca) cuidava de deixar minhas roupas nos trinques, como só ela sabia...


Lindos tempos aqueles, que ainda os guardo comigo, em lugar especialíssimo, inclusive o losango do Externato no peito; um ENF!



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

SEMANA LITERÁRIA NO SESC-PARANÁ


Para discutir e aproximar o público ao hábito da leitura, o SESC PARANÁ, promove entre 13 a 17 de setembro, a Semana Literária, anteriormente chamada de Feira do Livro, agora na 29ª edição do evento, e abrangerá 19 cidades do Estado.


Para conferir a programação completa, clique no nome da sua cidade:

Toda a programação é gratuita, e inclui palestras, oficinas, mesas-redondas, intervenções literárias, lançamentos de livros, leituras dramáticas e exposições acerca do tema Leitura e Cotidiano, além de estandes de diversas livrarias.

A Semana Literária contará com a participação de renomados escritores nacionais, que promoverão discussões sobre suas experiências e a importância da leitura, seja ela como fonte de conhecimento ou entretenimento, estabelecendo uma relação com a vida do leitor.

As discussões levantam temas como os hábitos de leitura do brasileiro, os tipos de leituras feitas no cotidiano, as dificuldades para introduzir a prática nos costumes de cada um e como é esse processo nos hábitos diários na vida de grandes escritores que dedicam grande parte do tempo à literatura.

O principal objetivo da Semana Literária ao abordar essa temática é celebrar o prazer de ler!

Os ingressos podem ser retirados um dia antes da conferência ou mesa-redonda pretendida na Unidade de Serviço do Sesc mais próxima.

Para outras informações acesse o site:
http://www.sescpr.com.br/eventos/semana-literaria/index.html.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ESPACEANDO




"Toda distância é ali. Duvida?"
(JRB)


imagem: by web