“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

DESATINOS



Hoje'stou!







Alucinação

Belchior

  


Eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Em nenhuma fantasia
Nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto
Ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos
Sonhos matinais...
Eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Nem nessas coisas do oriente
Romances astrais
A minha alucinação
É suportar o dia-a-dia
E meu delírio
É a experiência
Com coisas reais...
Um preto, um pobre
Uma estudante
Uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas
Pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite
Revólver: cheira cachorro!
Os humilhados do parque
Com os seus jornais...
Carneiros, mesa, trabalho
Meu corpo que cai
Do oitavo andar
E a solidão das pessoas
Dessas capitais
A violência da noite
O movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre
Que canta e requebra
Huuum... É demais!...
Cravos, espinhas no rosto
Rock, Hot Dog
"Play it cool, Baby"
Doze Jovens Coloridos
Dois Policiais
Cumprindo o seu maldito dever
E defendendo o seu amor
É nossa vida
Cumprindo o seu maldito dever
E defendendo o seu amor
É nossa vida...
Mas eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Em nenhuma fantasia
Nem no algo mais
Longe o profeta do terror
Que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais
Amar e mudar as coisas
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais...







Um preto, um pobre
Uma estudante
Uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas
Pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite
Revólver: cheira cachorro!
Os humilhados do parque
Com os seus jornais...
Carneiros, mesa, trabalho
Meu corpo que cai
Do oitavo andar
E a solidão das pessoas
Dessas capitais
A violência da noite
O movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre
Que canta e requebra
É demais!...
Cravos, espinhas no rosto
Rock, Hot Dog
"Play it cool, Baby"
Doze Jovens Coloridos
Dois Policiais
Cumprindo o seu maldito dever
E defendendo o seu amor
E nossa vida
Cumprindo o seu maldito dever
E defendendo o seu amor
Énossa vida...




sábado, 12 de janeiro de 2013

E...

... ENTÃO?...


by JRB

Deveras difícil nos é, em certas ocasiões, despachar bocafora um NÃO! árido, daqueles na bucha e na lata!, n’é mesmo?

Venha d’alguém que goze de nossa amizade um pedido incomum afiançando contra nossa segurança material ou espiritual. Seja d’amigo, conhecido ou conhecida superficial, é momento tormentoso; embaraço de mosca presa em teia de aranha. Até mais, eu diria; instante e lugar ao qual agradeceríamos chegarmos cinco minutos após...

E aí, já enfiados naquele beco escuro, no afã de safar-nos de içar o elefante às costas, nos transmudamos em acrobata verbal. No pólo oposto os olhos do suplicante contam-nos a bamba corda em que se vê. 

Sendo porém hipótese e caso d’alguém inocente se ver tachado culpado d’alguma infração, é comum nesse acossamento o dito sacar - como duelo em faroeste americano -  um NÃO adormecido no coldre das próprias entranhas e, em seguida, verberar o ponto de mira com olhos de águia e argumento ruiano.

Na vida da humanidade o “NÃO” já foi agente de paz, de guerra, de perseguição, absolvições, separações e reatamentos e, sobretudo de fim em muitas amizades. 


Tenho dado reparo à engenhosidade d’algumas pessoas quando precisam expressar negação, inda que a simples convite; propenso a aceitá-lo, o convidado, se polido - lapuz não se ocupa de cortesias. -, diante de premência anterior, atrela-se velozmente à afabilidade, e aí lança a novel palavrinha mágica de fina autodefesa:

–Então?... 


Ato contínuo o bem formado espreme uma mão na outra, lavando-as a seco, coça no rosto uma comichão imaginária, e arremata o disfarce com um alinhar de cabelos entrededos; entretempo bastante para o exame das recíprocas expressões faciais. Confirmada a favorável, a explicação que de hábito se segue ao mago vocábulo apenas marca o tom, o tempo e o compasso musical para afofar o momento.


Assim, qual ginasta contorcionista, o convidado ou o solicitado, antes aflito como água sobre cabrito, vai passando ileso ao largo do adverbiozinho incomodativo - o NÃO! -, e sua spiritual peace volta a lhe governar, plena como um saco repleno de penas.


Ao final, confirmados venerados os apreços pessoais, ambos se vão serenamente, imaginando:

- ¿Como seria a vida do SIM sem o NÃO?        ... ENTÃO?...


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Imagem by web


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Principiando 2013...


...com uma linda canção d'essencial reflexão
apesar dos céticos...




The Messiah will come again
[O Messias está voltando]

Letra e música by Gary Moore
aqui na interpretação do guitarrista  ROY BUCHANAN
ambos hoje já saudosos.


Just a smile, just a glance
The present darkness
It just walked past

There's been a lot of evil
There've been a lot of sayin'

But this time I'm gonna tell it my way:

"There was a town
Strange, lonely little town, they called 'The World'


A lovely, lovely little town

'Till one day a Stranger appeared
And their hearts rejoiced, and the sad little town was happy again

But there were some that doubted; they disbelieved, so they mocked him

And the Stranger, he went away
Now the sad little town that was sad yesterday
Is a lot sadder today...

I walked in a lot of places that He never should have been
But I know that the Messiah, he will come again..."



Apenas um sorriso, apenas um olhar
A escuridão presente
Ele só passou

Houve uma série de mal
Há já muitos dizendo

Mas desta vez eu vou dizer à minha maneira:

"Havia uma cidade
Estranha, cidade um pouco solitária , chamada 'The World'

Uma encantadora, pequena cidade adorável

Até que um dia, um Estranho apareceu
E seus corações se alegraram, e a cidade pouco triste estava feliz novamente

Mas havia alguns que duvidavam, que não acreditavam, então eles escarneciam

E o Estranho, se foi embora
Agora a cidade pouco triste que estava triste ontem
É muito mais triste hoje ...

Andei por um monte de lugares que Ele nunca teria ido
Mas eu sei que o Messias, ele virá de novo..."