“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

HOJE É "DIA DO SOLDADO"... lembranças...








Era 1971.

Até fevereiro de 1972 eu havia deixado compulsoriamente minhas roupas coloridas, minha guitarra, meu violão, minha PAZ de espírito e um emprego na antiga COMAPA (revenda Volkswagen em Paranavaí - PR), na qual aos 17 anos, por convite do saudoso seo CARLOS MACHADO – então sócio-diretor da empresa, a quem sou eternamente grato pela oportunidade dada –, fui guindado ao cargo de gerente da seção de peças da filial CANEL (Nova Esperança -PR), um serviço de belíssimas lembranças, principalmente meu curso da fábrica em São Bernardo do Campo (SP).

Da CANEL fui arrancado pra abraçar, pasmem, um FAL belga (Fusil Automatique Leger ou Fuzil Automático Leve) em Curitiba (PR), no então 20º R.I. (Regimento de Infantaria), ao qual dávamos o hipocorístico de 20º Recanto do Inferno. Em 1972 passou a ser 20º B.I.B. – Batalhão de Infantaria Blindada...

Que AGONIA!

...nunca tive nada a ver com aquilo de verd'oliva, caserna, continências e essas coisas assim... Meus ideais libertários ficaram sufocados no período, mas na volta os reassumi PRA SEMPRE, e talvez por isso, sem que eu haja me dado conta, sou advogado... Mas nunca larguei de minha música nem de meus violões, meu canto, ou a paz de espírito que isso tudo me proporciona...

No entanto, do tempo de caserna guardo boas recordações, das farras da nossa “panelinha”, dos detimentos, das malditas cadeias (um monte...) e de amigos do peito como ROBERTO TORRENTE (aí na foto comigo, ambos com as faces murchas de tão cansados, após uma marcha por 46km, do bairro Bacacheri até a granja do quartel).

Mas, sinceramente... bate uma saudade danada dos que hoje já não estão neste Plano... A esses, através de Luiz Carlos Pavesi, recém Partido aqui em Maringá, e Nêgo Leme (Cruzeiro D'Oeste - PR), que de há muito Subiu, rendo minhas homenagens de coração a todos os jovens que um dia foram – ou estão sendo – chamados para ao serviço militar obrigatório.

Valeu a experiência! E em mim ficaram muitas saudades... dos amigos!


Fotografias: by arquivo pessoal josé roberto balestra. 1971: (1) no refeitório do quartel então 20º R.I. (Regimento de Infantaria/Curitiba-PR); (2) eu o último da direita, tocando guitarra em minha primeira banda profissional em 1967 - O EMBALO [Zé Tremendão, Santão, Evaldo Polaco, Evaldo Tigrão, e eu]-; (3) eu e Roberto Torrente, após a marcha de 46km.