“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BREVE ORAÇÃO


JACULATÓRIA DO BÓIA-FRIA

(JRB)*


A cana
Nana
A grana
Do bacana.

Ao povo
E ao seu renovo,
Um ovo
De novo.

O verd’esperança
Da abastança,

E pra criança,
Só o cabo seco da lança.

Mas os servos da fuligem
Num dia de caligem
Inda vingarão a vertigem
Do sangue vertido, na origem!

A exploração,
A exprobração,
Fazem a aberração
Do que já virou padrão.

Mas haverá o dia
Do fim dess’agonia:
O bacana, por su’abarcia
Devorado ao meio-dia.

Pela má boca da grana
Que sempre lh'engana,
De ao final dessa faina
Bóia-fria sofrer n’alvitana.

Sob um lindo sol, do de glória
Inda s’ouvirá a canção da vitória:
Bóia-fria recebendo justa dedicatória,
Em acordes d'uma vera jaculatória!


*Autor: José Roberto Balestra (ago/2010)
Imagens:
1 - by nelson veiga;
2 - by daniella rosário

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CNJ: irregularidades nos depósitos judiciais do Tribunal de Justiça do PR


DEPÓSITOS JUDICIAIS DEVEM SER FEITOS EM BANCO OFICIAL


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou ontem (23) que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) transfira, em caráter imediato, os depósitos judiciais que hoje se encontram no Banco Itaú para uma instituição financeira oficial, que pode ser a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil.

O procedimento de controle administrativo aberto para apurar a questão foi aprovado em sessão ordinária do CNJ, na qual também foi decidido que será aberta uma sindicância para apurar os responsáveis pela série de irregularidades apontadas no voto do conselheiro do CNJ e relator do caso, Walter Nunes.

Entre os pontos levantados tinha até brindes para comemorações do TJ que foram adquiridos por meio do Itaú.

Segundo o relator, existe uma série de irregularidades em torno dos depósitos judiciais do TJ-PR no Itaú, que começaram no ano 2000, após a compra do Banco do Estado do Paraná (Banestado) pela instituição privada.

Na ocasião, o TJ-PR manteve no Itaú os depósitos judiciais que, antes da privatização, estavam no Banestado. A decisão foi tomada com base na Medida Provisória nº 2.192-70 de 2001, que não exigia a transferência desses recursos para um banco oficial.

No entanto, mesmo após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou, em 2006, a medida provisória inconstitucional, o TJ-PR manteve os recursos no banco privado.

Além disso, o CNJ considera como falha um acordo firmado entre o TJ-PR e o Itaú pelo qual os depósitos judiciais seriam remunerados pelos índices da caderneta de poupança.

Com esse trâmite, o banco converteria essa remuneração em obras e compras de bens em favor do tribunal.

Assim, o Itaú utilizou recursos públicos em várias aquisições sem licitação. De acordo com o CNJ, foram gastos R$ 39,2 milhões entre 2001 e 2006, configurando "grave irregularidade", nas palavras do relator.

De acordo com o conselheiro Walter Nunes, houve irregularidade também na destinação dos bens comprados pelo banco privado.

"Vários bens não tinham qualquer relação com a finalidade precípua do Poder Judiciário", disse Nunes, informando que as aquisições incluem brindes para comemorações no TJ-PR e produtos que foram doados para uma creche do Paraná.

A reportagem de O Estado insistiu para conseguir uma entrevista com o presidente do TJ-PR, Celso Rotoli de Macedo, para repercutir as conclusões do CNJ, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. (24.11.2010)

Imagem: by web

terça-feira, 23 de novembro de 2010

28 ANOS?


UM DOS ARTISTAS MAIS COMPLETOS QUE O BRASIL JÁ TEVE

- compositor - cantor - humorista - ator -

"ADONIRAN BARBOSA"
(pseudônimo de João Rubinato)

...há exatos 28 anos ele Partia.
Mas ficou!






...que saudades dessa pureza de humor!

domingo, 14 de novembro de 2010

Pobre poetisa


SEM POEMA

(JRB)*


Foi num dia d’fim d’inverno, ou quase.
Ermo era o lugar, sem frutas nem corrupixel,
A pequena poetisa, certa d’inspiração,
Sentou-se à relva com lápis macio e papel,
Enlevada que estava pela força da criação.

Queria a belez’a dum poema d’amor, uma frase.
Pacient’esperou, dos céus, a candente faísca,
Enquanto isso riscava idéias e traçados.
Numa grosa d’folhas, dando tanta risca,
Notou a poetisa: a inspiração havia lh’escapado.

Vexada, sem versos, vazia feit’uma brecha,
Como que sob algemas, sem cor pra seu poema,
A poetisa pequena s’irou pela falta d’enredo.

Veio lh’um Anjo Alado, d’arco e flecha:
– “Você ainda é pequena! Certas coisas tem emblema;
Só faz poemas d’amor quem não está azedo..."


*autor: josé roberto balestra/nov/2010
imagens: by web

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TUDO COMEÇAV'AQUI, ASSIM...



...e lembrar que em 1959 o rock era tão puro, sem parafernálias;
bastava apenas o talento.

Cinco anos depois dessa aí do vídeo,
ganhei de Mamãe Elvira um violão azul.

Nunca mais consegui parar a minha canção!...


Tempo bão d'mais aquele!!!


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PRA QUÊ PALAVRAS?


Sir-PAUL-A-Wing-Always-Beatle-McCARTNEY!!!


...viu? Pra quê palavras?
(…it saw? So that words?)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

OS FATOS VIVEM NA ARTE

“...A situação é grave, meus Senhores! Nosso País está dividido entre dois extremismos.

A meu ver e salvo melhor juízo, um deles é mais perigoso, de modo que, apesar do conhecido equilíbrio das minhas posições, chego quase a dar razão aos que se ergueram em defesa de Deus, da Pátria e da Família. Mas, de qualquer modo, o fato é que os dois são, entre si, adversários implacáveis, assim como, para nós, inimigos irreconciliáveis das nossas instituições.

O que sucedeu hoje, aqui, é, portanto, muito claro. Quem quiser formar sobre os acontecimentos de hoje uma idéia segura, basta verificar de que lado ficou, logo, a ralé, esse Povo indisciplinado, mal-educado e analfabeto que é a mancha vergonhosa da face do nosso Brasil. Na Inglaterra ou nos Estados Unidos, um fato desses não aconteceria!

Pergunto: de que lado ficou esse Povo, ignorante, fanático e miserável? Do lado daqueles que invadiram nossa Vila nas caladas da noite! Logo, estes, e não os outros, é que são os revolucionários, e seus adversários devem receber todo nosso apoio!

Ouçam meu brado de alerta! Sim, porque o pior aqui, hoje, é a cegueira daqueles que, entre nós, deveriam ser as colunas, os sustentáculos da sociedade! Ninguém quer ver o perigo! A continuarmos assim, quando cuidarmos, estaremos com o inimigo dentro de nossas muralhas, com os cidadãos mais conspícuos da Pátria sendo fuzilados!


Certamente acham que eu exagero!...”



- fala, a propósito, sempre atualíssima do personagem “Corregedor Basílio Monteiro”, segundo o narrador “Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna”, este o auto-proclamado “Rei do Quinto Império e do Quinto Naipe, Profeta da Igreja Católico-Sertaneja e pretendente ao trono do Império do Brasil”. Ambos são criações do escritor paraibano e membro da Academia Brasileira de Letras, ARIANO SUASSUNA, em sua obra “Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”, por ele definido com absoluta originalidade como um “romance armorial popular brasileiro”, no qual se veem dois gêneros opostos de discurso, o popular e o erudito. O romance fora iniciado por Ariano em 19.07.1958 e concluído em 09.10.1970, ano de sua publicação pela Livraria José Olympio Editora S.A.

by: Edit. Círculo do Livro, edição integral, sob licença da Livraria José Olympio Editora S.A. – Rio de Janeiro, 1988, p. 448.