Compartilhando uma leitura pessoal:
“...o lar é como se fora um ângulo reto nas linhas do plano da evolução divina. A reta vertical é o sentimento feminino, envolvido nas inspirações criadoras da vida. A reta horizontal é o sentimento masculino, em marcha de realizações no campo do progresso comum.
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Na maioria [dos lares], os casais terrestres passam as horas sagradas do dia vivendo a indiferença ou o egoísmo feroz. Quando o marido permanece calmo, a mulher parece desesperada; quando a esposa se cala, humilde, o companheiro tiraniza. Nem a consorte se decide a animar o esposo, na linha horizontal de seus trabalhos temporais, nem o marido se resolve a segui-la no vôo divino de ternura e sentimento, rumo aos planos superiores da Criação.
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É claro que, em tais circunstâncias, o ângulo divino não está devidamente traçado. Duas linhas divergentes tentam, em vão, formar o vértice sublime, a fim de construírem um degrau na escada grandiosa da vida eterna.
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Por mais que se unam os corpos, vivem as mentes separadas, operando em rumos opostos.
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“...na fase atual evolutiva do planeta, existem na esfera carnal raríssimas uniões de almas gêmeas, reduzidos matrimônios de almas irmãs ou afins, e esmagadora porcentagem de ligações de resgate. O maior número de casais humanos é constituído de verdadeiros forçados, sob algemas.
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Dentro de casa, a inspiração [a mulher]; fora dela, a atividade [o marido]. Uma não viverá sem a outra. Como sustentar-se o rio sem a fonte, e como espalhar-se a água da fonte sem o leito do rio? ...”
Fonte dos excertos: cap. 20 - Noções de lar, pp. 91/92, do livro “Nosso Lar”, ditado para Chico Xavier pelo Espírito André Luiz (médico sanitarista). Nosso Lar é um clássico da literatura espírita brasileira, lançado em 1944.
Curiosidade: a novelista IVANI RIBEIRO serviu-se do “Nosso Lar” entre suas bases para escrever a novela A VIAGEM, produzida originalmente em 1975 pela Rede Tupi, exibida em 141 capítulos, entre 1º.10.1975 a 27.03.1976. O outro livro espírita que inspirou Ivani na mesma novela foi “E a vida continua...”.
O filme: desde setembro/2010 está nos cinemas o filme de “Nosso lar” (no vídeo abaixo os primeiros cinco minutos do filme), gravado em julho, agosto e setembro/2009. Dentre outros artistas do elenco estão Othon Bastos (Anacleto, Governador de Nosso Lar), Paulo Goulart (Ministro Genésio) e Ana Rosa (Laura, mãe de Lísias), Fernando Alves Pinto (Lísias), com Renato Prieto (como o Espírito André Luiz adulto), Gabriel Scheer (André Luiz aos 10 anos), e Gabriel Azevedo (André Luiz aos 20 anos).
Muito bem colocado e a ser levado em consideração por todos. Um abraço!
ResponderExcluirNao acredito realmente que após a morte nossa alma passa pelas mesmas inquietaçoes terrenas.
ResponderExcluirÉ muita matéria... a vida ou é muito menos que isto e morremos e ponto ou é muito mais que isto!
Falta um bocado de amor neste mundo.... principalmente nos lares....
Muito boa apresentação, do livro/filme “Nosso Lar & Noções de Lar”, José Roberto. Ela nos mostra que a evolução requer esforço, compreensão, boa vontade. Aos poucos vamos entendendo as razões do ser, num planeta de provas e expiações. A verdadeira escola da vida, o dia a dia, a família, os embates que nos contrariam, nos fazem crescer e compreender que o amor, a lucidez estão em escala sublime de evolução, não sem luta. É busca porque ainda somos refratários ao bem, mas aos poucos vamos saindo do casulo. Escorregamos nas nossas próprias fraquezas rumo à ascensão. O importante é seguir adiante. É caminho único, sem volta, mesmo com as quedas, milenares, porque há de se levantar em todas elas. É a humanidade em marcha, seguindo destino, no sentido de evolução compulsória, creio, mesmo que não consigamos ver com a desejável acuidade, mas que se burila, como se faz à pedra bruta contendo brilhante, para reluzir o conteúdo.
ResponderExcluirParabéns pela postagem. Ela nos faz refletir no apreço que devemos ter pela família, pela vida, enfim, refazendo contrariedades, recompondo-nos em ensinamentos de que a vida tem sentido, diretrizes básicas de progresso em sua eternidade.
Abs.