mEuDITORIAL
(Pra onde meu vento sopra. ¿O que é que há do lado de lá?)
Dois meses, sem postagens. Caqui verde amarra. Lapso longo, sei, desde que vi este megafone em palheiro procurado sobolhos meus d’indignação a coisas que não m’compraziam! Aliás, tudo tem ínsita essência d’propósito. Há que s’saber lidar com olho d’rumo vindo d’boi bravo, árvore tombando e chiclete em sapato.
Mochilad’idéias na cabeça, varapau à mão, a blogcaminhada. No adiante das curv’escuras da viv’estrada, fui assomar vistas no d’lá mais alto d’onde as planícies s’humilham à vaidade dos morros. Testifiquei o júbilo pueril dos verdes, tomei entrededos finados colmos e palhas. Betei-me entre mortos tocos por raios. Papagaios!, vi quantos tantos! Ouvi chiar riachos e os demais caudais. O alto atrai zóios, mas dá tontura, estrada nova é sempre d’vigoroso colorido. Pernibambo, em confluência d’exatos indos trechos e horas, até pedras dizindicaram-me pontos d’sombras, frondes d’comprazimentos.
A blogjornada rendia. Diapósdia. Podia, eu ia: amigos fui’ncontrando. Uns somaram meu destraçado blogdestino – e ainda estão. Outros enveredaram sendas próprias, m’deixando esplêndidas marcas que nadanada delirá!
Outros uns viraram saudades, nem mais sinais tenho dos tais – o tempo é mesmo palha d’aço; vida, palhaço e picadeiro, tudo delonga e difere, aprecie-se maduro e com copos d'calma, melhor.
Mas à perda (sinistra) das postagens anteriores, bem no dia 29 de junho de 2009 – níver d’nascimento do meu Autor-Mor, J. G. Rosa, e dois dias antes do meu –, até hoje não m’conformei, coxeei. Ao mautor da tã desobra, q’destampei, dei meu’nânime impeachment (...tá na moda, né?).
Mas à perda (sinistra) das postagens anteriores, bem no dia 29 de junho de 2009 – níver d’nascimento do meu Autor-Mor, J. G. Rosa, e dois dias antes do meu –, até hoje não m’conformei, coxeei. Ao mautor da tã desobra, q’destampei, dei meu’nânime impeachment (...tá na moda, né?).
Minh'Orientação Superior percebida: “...quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante tempo governando a idéia e o sentir da gente.” (JGR in GS:V)
Mesmo d’alma ferida, nunca desisti; não digo (nem direi) nem disse que. Masquei dias d’solidão d’ideal, cuspi: recriei o blog em 04.08.09. Buraco é monte d’cabeça pra baixo.
Mesmo d’alma ferida, nunca desisti; não digo (nem direi) nem disse que. Masquei dias d’solidão d’ideal, cuspi: recriei o blog em 04.08.09. Buraco é monte d’cabeça pra baixo.
Diligente a quem vacinado contra parágrafos, a linha editorial aqui foi e é a da arte e da literatura d’aldeia nacional, da cultura lato sensu sem o tolo bairrismo, que sardinha viaja mundo, apesar d’baleias. O mundo não tem mão; só come o que se lhe dá. A gente é gralhazul.
Dessas dobras do fole na sanfona da vida que observi, por bimeses em estojo dormida, colhi: o amplo carece d’exíguos, assim como o mosaico é cor, pastilhas.
Portanto, perdurando o outrora desenhado, deitando a ordem íntima no d’lá dos balaústres deste bloggespaço – ...desimportam qu’enganos pairem; respeito blogtodomundo, mas ¿como deslembrar d’meu tão visável ofício? –, doravante, ressalva feita, TODOS os demais temas serão aqui constitucionalmente tratados, mesmo os com-febres. À compita nunca fui nem vou! Sol é ouro, nasce pra todos, só é preciso acordar d’manhã.
Dessas dobras do fole na sanfona da vida que observi, por bimeses em estojo dormida, colhi: o amplo carece d’exíguos, assim como o mosaico é cor, pastilhas.
Portanto, perdurando o outrora desenhado, deitando a ordem íntima no d’lá dos balaústres deste bloggespaço – ...desimportam qu’enganos pairem; respeito blogtodomundo, mas ¿como deslembrar d’meu tão visável ofício? –, doravante, ressalva feita, TODOS os demais temas serão aqui constitucionalmente tratados, mesmo os com-febres. À compita nunca fui nem vou! Sol é ouro, nasce pra todos, só é preciso acordar d’manhã.
Sigo pra ond’estilo e vento m’sopram... ¿O que é que há do lado d’lá? Vamos ver’então?...
Imagem: by www.clubedecicloturismo.com.br
Em toda volta sempre se traz mais do que se leva. Poeiras da estrada de ida embaçam a vista, mas o vento do sentido oposto da estrada limpa. Tudo fica visto com clareza.
ResponderExcluir“...quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante tempo governando a idéia e o sentir da gente.”
Essa citação do Guimarães Rosa é de extrema sabedoria. Melhor ocupar "a idéia e o sentir" com o "bem querer". Ficar com a mente bem governada.
Bom retorno.