“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."
(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)
Meus Amigos e blogAmigos!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
DESDISSIMULAND'O VERO SORRISO
terça-feira, 27 de setembro de 2011
O Centro do Universo
CRÔNICA DE UM OPERADO DE HEMORROIDAS !...
MÉLKER RÚBIO
Ptolomeu em 150 d.C. falava que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela, foram precisos cerca de 1400 anos para esta teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade que o Sol sim era o centro.
Isso mesmo, o cu!
Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a "primeira vez".
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
O cantar d'alma qu'encanta e arrepia!
Put the candle in the window | Coloque a vela na janela |
Cause I feel I've gotta move | Porque eu sinto que devo ir |
Though I'm going, going | Apesar de estar indo, indo |
I'll be coming home soon | Eu voltarei pra casa em breve |
Long as I can see the light | Desde que eu possa ver a luz |
Pack my bags and lets get moving | Arrumo minha mochila e vamos andando |
Cause I'm bound to drift awhile | Pois estou destinado a vagar por um tempo |
Though I'm gone, I'm gone | Embora eu me vá, me vá |
You don't have to worry about me | Você não tem que preocupar-se sobre mim |
Long as I can see the light | Desde que eu possa ver a luz |
Guess I've got that old travellin' bone | Acho que eu tenho aquele velho espírito de viajante |
But I feel I'm leavin' alone | Mas eu sinto que estou indo embora sozinho |
But I won't, I won't be losing my way | Mas eu não vou, não vou estar perdendo meu jeito |
No, long as I can see the light | Não, desde que eu possa ver a luz |
Won't you play that thing for me now | Você não vai tocar essa coisa para mim agora |
Put a candle in the window | Coloque uma vela na janela |
Cause I feel I've gotta move | Porque eu sinto que devo ir |
Cause I'm going, going | Porque eu estou indo, indo |
I'll be coming home soon | Eu estarei voltando para casa em breve |
Long as I can see the light | Desde que eu possa ver a luz |
Long as I can see the light | Desde que eu possa ver a luz |
Long as I can see the light | Desde que eu possa ver a luz |
sábado, 17 de setembro de 2011
João Guimarães Rosa
Fonte: vídeo criado por Luca (IT)
domingo, 11 de setembro de 2011
NUM 11 DE SETEMBRO: O BATISMO DE DIADORIM
“ (...)
Tanta gente tinha o mundo... – eu pensei. Tanta vida para a discórdia. Agradeci ao Alaripe, mas virei para os outros nossos, perguntei:

– “Mortos, muitos?”
– “Demais...”
Isto o João Curiol me respondeu, prestativamente, sistema de amigo. Solucei em seco, debaixo de nada. Agora um me dizendo: que, com as ferramentas, uns estavam trabalhando de abrir covas para enterro, revezados. Alaripe fez um cigarro, queria dar para mim, que rejeitei. – “E o Hermógenes? – aí foi o que o Alaripe perguntou.
(...)
Ah, e a mulher rogava: – Que trouxessem o corpo daquele rapaz moço, vistoso, o dos olhos muito verdes... Eu desguisei. Eu deixei minhas lágrimas virem, e ordenando: – “Traz Diadorim!” – conforme era. – “Gente, vamos trazer. Esse é o Reinaldo...” – o que o Alaripe disse. E eu parava ali, permeio o menino Guirigó e o cego Borromeu. – Ai, Jesus! – foi o que eu ouvi, dessas vozes deles.
(...) E subiram as escadas com ele, em cima de mesa foi posto. Diadorim, Diadorim – será que amereci só por metade? Com meus molhados olhos não olhei bem. – como que garças voavam... E que fossem campear velas ou tocha de cera, e acender altas fogueiras de boa lenha, em volta do escuro do arraial...
Sufoquei, numa estrangulação de dó. Constante o que a Mulher disse: carecia de se lavar e vestir o corpo. Piedade, como que ela mesma, embebendo toalha, limpou as faces de Diadorim, casca de tão grosso sangue, repisado. E a beleza dele permanecia, só permanecia, mais impossivelmente.
(...)
Eu dizendo que a Mulher ia lavar o corpo dele. Ela rezava rezas da Bahia. Mandou todo o mundo sair. Eu fiquei. E a Mulher abanou brandamente a cabeça, consoante deu um suspiro simples. Ela me mal-entendia. Não me mostrou de propósito o corpo. E disse...
Diadorim – nu de tudo. E ela disse:
– “A Deus dada. Pobrezinha...”
E disse. Eu conheci! Como em todo o tempo antes eu não contei ao senhor – e mercê peço: – mas para o senhor divulgar comigo, a par, justo o travo de tanto segredo, sabendo somente no átimo em que eu também soube... Que Diadorim era o corpo de uma mulher, moça perfeita... Estarreci. A dor não pode mais do que a surpresa. A côice d’arma, de coronha...
Ela era. Tal que assim se desencantava, num encanto tão terrível; e levantei mão para me benzer – mas com ela tapei foi um soluçar, e enxuguei as lágrimas maiores. Uivei. Diadorim! Diadorim era uma mulher. Diadorim era mulher como o sol não acende a água do rio Urucúia, como eu solucei meu desespero.
O senhor não repare. Demore, que eu conto. A vida da gente nunca tem termo real.
Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo, e estremeci, retirando as mãos para trás, incendiável; abaixei meus olhos. E a mulher estendeu a toalha, recobrindo as partes. Mas aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca. Adivinhava os cabelos. Cabelos que cortou com tesoura de prata... Cabelos que, no só ser, haviam de dar para baixo da cintura... E eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo:
– “Meu amor!...”
Foi assim. Eu tinha me debruçado na janela, para poder não presenciar o mundo.
(...) Como tinham ido abrir a cova cristãmente. Pelo repugnar e revoltar, primeiro eu quis: – “Enterrem separado dos outros, num aliso de vereda, adonde ninguém ache, nunca se saiba...” Tal que disse, doidava. Recaí no marcar do sofrer. Em real me vi, que com a Mulher junto abraçado, nós dois chorávamos extenso. E todos meus jagunços decididos choravam. Daí, fomos, e em sepultura deixamos, no cemitério do Paredão enterrada, em campo do sertão.
(...)
Resoluto saí de lá, em galope, doidável. Mas, antes, reparti o dinheiro, que tinha, retirei o cinturão-cartucheiras – aí ultimei o jagunço Riobaldo! Disse adeus para todos, sempremente. (...)
(...)
Só que isso foi mais tarde.
Pois, primeiro, eu tinha outra andada que cumprir, conforme a ordem que meu coração mandava. Tudo agradeci, dei a despedida, ao seo Ornelas e os dele – gente-do-evangelho. Saí somente com o Alaripe e o Quipes, os outros deixei à espera de minha volta, que, por muita companhia numerosa, de nós não cobrassem duvidado. Mas, antes de sair, pedi à dona Brazilina uma tira de pano preto, que pus de funo no meu braço.
Aonde fui, a um lugar, nos gerais de Lassance, Os-Porcos. Assim lá estivemos. A todos eu perguntei, em toda porta bati; triste pouco foi o que me resultaram. O que pensei encontrar: alguma velha, ou um velho, que da história soubessesm – dela lembrados quando tinha sido menina – e então a razão rastraz de muitas coisas haviam de poder me expor, muito mundo. Isso não achamos. Rumamos daí então para bem longe reato: Juramento, o Peixe-Crú, Terra-Branca e Capela, a Capelinha-do-Cumbro. Só um letreiro achei. Este papel, que eu trouxe – batistério. Da matriz de Itacambira, onde tem tantos mortos enterrados. Lá ela foi levada à pia. Lá registrada, assim. Em 11 de setembro da éra de 1800 e tantos... O senhor lê. De Maria Deodorina da Fé Bettancourt Marins – que nasceu para o dever de guerrear e nunca ter medo, e mais para muito amar, sem gozo de amor... Reze o senhor por essa minha alma. O senhor acha que a vida é tristonha?
Mas ninguém não pode me impedir de rezar; pode algum? O existir da alma é a reza... Quando estou rezando, estou fora de sujidade, à parte de toda loucura. Ou o acordar da alma é que é?
Fonte: fragmentos com destaques nossos, mantida a ortografia original, recolhidos do romance GRANDE SERTÃO: VEREDAS, de João Guimarães Rosa, 9ª ed., Rio de Janeiro : Livraria José Olympio Editora, 1974, pp. 452/458.
Imagem by Portal Luis Nassif, da capelinha em que fora batizado João Guimarães Rosa, em Cordisburgo (MG).
sábado, 10 de setembro de 2011
MODELANDO UM POST
Inspiração é coisa que, imagina-se, parece vir fácil para o blogueiro, pessoa atenta ao em-volta, sedento por palavras. Um pouquinho de paz e eis que a operação se realiza: pela manhã, ajuste-se o espírito e os olhos para ver a vida por um ângulo destrivial, e vá! Essa a regrinha.
Pode ser um cachorro cruzando a rua pela faixa de pedestres – já observaram essa regra canina? –, alguém à frente falando alto ao celular sem se dar conta. E quando o assunto é interessante até diminuímos os passos pra ouvir. Mera curiosidade?, que não tem?
De repente é um motorista que insiste em transitar pela faixa da esquerda, amarrando o trânsito – e, é claro, nessas horas sua mamacita é lembrada! –, e aí quando achamos que esse mesmo “volanteiro” vai passar direto no cruzamento, o dito manobra à direita com a maior cara-de-vaca-na-horta, sem nenhum sinal de seta, todo absorto lá com as coisas dele.
Certos dias a danada da inspiração parece que resolveu mesmo ficar sob as cobertas até as dez. Então, aflitos por um novo post, um tema agradável à leitura dos amigos blogleitores, a gente para, pensa, olha uma coisa e outra, um livro, um anúncio mal escrito num edifício, tentamos nos lembrar d’uma música, piada ou uma mensagem positiva que levante o espírito das pessoas – aqui um aviso à amiga Íldica: - Não vale pensar bobagem, viu? –, e por fim decidimos reproduzir uma bela mensagem alheia, um vídeo ou charge e et cetera. Sempre citando a fonte, é claro! Afinal, a seriedade blogueira é sobretudo ética.
Aliás, tenho visto reiteradamente na internet ser repassada uma linda mensagem – PROCURA-SE UM AMIGO –, muito profunda, marcante mesmo! É coisa de gênio! Mas, como já dizia dizia Chacrinha, nosso Velho Guerreiro, “neste mundo nada se cria, tudo se copia”, dita mensagem tem sido divulgada como sendo fruto da imaginação do nosso Vinícius de Moraes. E não é!
O autor da mensagem é o romancista, teatrólogo, e escritor francês, VICTOR MARIE HUGO (1802-1885). Pelo tempo já ido desde sua morte se vê que nem a verdade tem sobrevida... mas sempre aparecerá um que a ressuscitará.
Mas, voltando à vaca-fria, também há momentos em que a gente está com a “cachorra” na inspiração, transbordando-a pelos poros, e aí descemos o malho no teclado feito solista de piano em exame de música erudita, descrevendo um episódio esdrúxulo ou uma estória qualquer, e por fim produzimos um post daqueles!, rico de palavras, aos borbotões, feito mina d’água, borbulhantemente. Ficamos alegres feito crianças!
Tempos depois, quando voltamos e lemos o “post daqueles”, julgamos que não merece ser postado e por fim, feito um maldito censor da ditadura, o arquivamos no "CL": cesto de lixo. Arre!
Quanto a mim, tenho posts, anotações de insights, e escritos diversos que dormitam arquivados no note ou em papéis amarelecidos de meus alfarrábios. Não descarto nada. Num aperreio de inspiração os releio, dou uma plástica no que reputo aproveitável pr’aquele instante, e aí rio de mim mesmo, de meus ridículos de quando os escrevi. E bola pra frente!, porque, como diz VICTOR HUGO: “A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano”.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
COMEÇANDO A SEMANA...
domingo, 4 de setembro de 2011
O LIXÃO POR PARAÍSO?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011
CHARLENE FLANDERS..., NO SESC MARINGÁ

